O Chefe do Executivo, Chui Sai On, esteve esta manhã (7 de Outubro) nas zonas da Praia do Manduco e do Bairro de San Kio (Rua da Barca) e, mais à tarde, em uma sessão de debate com representantes de associações de moradores e de chineses ultramarinos, para ouvir pareceres e solicitações dos cidadãos. Chui Sai On reiterou que o governo dá grande valor e encara seriamente as opiniões e sugestões dos residentes, durante mais uma etapa de um conjunto de visitas de observação e contactos directos com os habitantes e representantes de associações em diversas zonas do território.
Cheong U, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Lau Si Io, secretário para os Transportes e Obras Públicas, e Alexis Tam, chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, acompanharam Chui Sai On na deslocação.
Os residentes da Praia do Manduco abordaram questões relacionadas com equipamentos sanitários, aperfeiçoamento das estruturas dos arruamentos e problemas das cheias, que foram sendo registadas pelo Chefe do Executivo.
Entretanto, no Bairro de San Kio, os proprietários do edifício Fok Neng manifestaram o desejo de maior celeridade na reconstrução e outros residentes e responsáveis de associações de moradores referiram os problemas sanitários resultantes das lojas abandonadas e, também, das inundações.
O Chefe do Executivo questionou ainda os presentes sobre a situação actual dos negócios e recursos humanos no comércio da zona.
À tarde, durante a sessão de debate, Chui Sai On, depois de agradecer a todos os cidadãos e representantes associativos que participaram e manifestaram as suas opiniões ao longo das visitas efectuadas nos últimos dias, salientou que elas traduzem a forma como cada uma das zonas reflecte os seus problemas e garantiu que o governo continuará a encarar todas as situações com a maior seriedade.
Entretanto, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, afirmou que nos últimos dias teve a oportunidade de recolher indicações concretas e consensuais para o turismo do território, ou seja, condições específicas para o desenvolvimento cultural e turístico que, devidamente planeadas, podem contribuir para a revitalização e reforço das atracções de cada zona, assim como a criação de uma rede integrada de ligações entre os diversos pontos turísticos do território, para uma permanência mais prolongadas dos visitantes.
Ao longo de uma década, após o estabelecimento da Região Administrativa Especial, assistiu-se ao aumento significativo de equipamentos recreativos e respectivos utilizadores. E, o governo continuará a auscultar a opinião pública, para aperfeiçoar ou colmatar eventuais lacunas, e a incrementar a promoção e divulgação da oferta, acrescentou o mesmo responsável.
Cheong U informou ainda que o governo tenciona criar mais equipamentos sociais, comunitários e de saúde para dar resposta às necessidades dos habitantes.
O secretário para os Transportes e Obras Públicas, por sua vez, ao referir os diversos pontos críticos da cidade, regularmente mais afectados pelas cheias, disse que o sistema de drenagem do bairro de San Kio, com o trabalho já desenvolvido nesta área, melhorou substancialmente, e serão envidados esforços para que as obras de reordenamento da rede de saneamento básico e drenagem da Horta e Costa, muito importantes para a melhoria de condições na zona, possam começar até final do ano. Quanto à questão das inundações na zona Sul da cidade, o facto de estarem em causa a renovação do antigo cais e as obras da segunda fase do metro ligeiro no Porto Interior implica, necessariamente, um estudo mais detalhado e coordenado, adiantou o secretário.
Relativamente à revitalização dos bairros antigos, Lau Si Io recordou que os diversos serviços competentes relacionados com obras e construção, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e o Instituto Cultural estão já a trabalhar em conjunto para definir um projecto de remodelação e embelezamento coordenado das áreas protegidas no percurso do Centro Histórico, tendo em conta não só os turistas, mas também os residentes. Só assim, estarão criadas condições reais para uma maior vitalidade do comércio na zona histórica e o governo espera que toda a população possa dar a sua opinião, após a divulgação do projecto, acrescentou.
No que diz respeito à habitação, o responsável da tutela afirmou que o governo já estabeleceu políticas de habitação a longo prazo tendo como base o princípio de “uma casa para todos”, em que a habitação social surge como prioridade e a habitação económica em segundo plano, para tentar satisfazer a camada da população sem acesso ao mercado imobiliário. O governo vai aproveitar a reserva de terrenos para construção de habitação pública e optimizar os mecanismos de atribuição de habitação social, enquanto, relativamente à habitação económica, o respectivo regime jurídico encontra-se já em processo legislativo, informou.
Por outro lado, o secretário garantiu que o grupo de trabalho para o desenvolvimento sustentável do mercado imobiliário acompanhará com a maior atenção o efeito das medidas que vierem a ser lançadas, para uma eventual revisão atempada, se necessário, e maior garantia do desenvolvimento saudável do mercado imobiliário do território.