
O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, sublinhou, hoje (10 de Junho), no uso da palavra durante a recepção comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que, o contributo das comunidades portuguesas tem sido importante para o desenvolvimento saudável, em múltiplos aspectos, da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Garantiu que o Governo da RAEM continuará a defender as características multiculturais de Macau e a promover o desenvolvimento em todas as vertentes, procurando assim assegurar e melhorar continuamente o bem-estar de todos os residentes de Macau, incluindo as comunidades portuguesas em Macau.
A recepção comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas teve lugar, ao fim de tarde, na residência consular de Portugal em Macau. Ao discursar, Sam Hou Fai começou por expressar, em nome do Governo da RAEM, saudações festivas e sinceros cumprimentos ao povo português, aos portugueses que residem em Macau e à comunidade macaense, agradecendo todo o apoio, esforço e cooperação que a comunidade portuguesa tem prestado ao trabalho do Governo da RAEM, bem como o inegável contributo que tem vindo a dar para o desenvolvimento económico e social de Macau.
O Chefe do Executivo indicou que, Portugal e Macau têm laços históricos fortes e profundos, que se encontram até reflectidos neste dia. Revelou que hoje se celebra também o maior poeta português, que viveu uns anos em Macau e fez parte dos primeiros momentos deste encontro histórico de dois povos. Acrescentou que é por conta do encontro centenário das culturas chinesa e portuguesa, nesta «janela para o exterior» da China, que surge a «singularidade» de Macau enquanto «único local do mundo que tem como línguas oficiais o português e o chinês», como foi expressamente sublinhado pelo Presidente Xi Jinping.
O Chefe do Executivo destacou que, a cooperação amistosa e as boas relações mantidas entre a China e Portugal revelam um modelo exemplar de colaboração e intercâmbio entre dois países, prevalecendo sempre o respeito e consideração pelas suas diferenças sociais e culturais. Realçou que a cooperação e intercâmbio entre a RAEM e Portugal nos domínios da economia e do comércio, da inovação científica e tecnológica, dos recursos humanos, dos cuidados médicos e de saúde, da educação e da cultura têm vindo a ser continuamente reforçados, dizendo estar convicto que os mesmos continuarão a ser aprofundados no futuro, tirando bom proveito das características únicas de Macau.
Mencionou que, como afirmou o Presidente Xi Jinping, enquanto «lugar onde as culturas chinesa e ocidental se encontram, Macau deve promover o intercâmbio internacional entre as pessoas, apresentar melhor Macau e a China ao mundo, e tornar-se numa janela importante para o intercâmbio e aprendizagem mútua entre a civilização chinesa e a civilização ocidental». Por isso, Sam Hou Fai reforçou e reiterou o empenho e compromisso do Governo da RAEM na concentração de esforços para a construção de uma plataforma de abertura ao exterior de nível mais elevado, no reforço da abertura bilateral com a Lusofonia e na promoção de uma cooperação abrangente de benefícios mútuos, que enriqueça e alargue ainda mais o papel e as funções de Macau enquanto plataforma sino-lusófona.
Sam Hou Fai acrescentou que o Governo da RAEM continuará, com o forte apoio do Governo Central, a implementar de forma abrangente, precisa e inabalável o princípio «Um País, Dois Sistemas» e a cumprir a Lei Básica, mantendo inalterados por um longo tempo o sistema capitalista e a respectiva maneira de viver, o estatuto de porto franco internacional e de zona aduaneira autónoma da RAEM e o sistema de direito europeu continental.
Pela amizade e pela cooperação entre os dois povos, o mesmo responsável disse esperar que ambos continuem a caminhar de mãos dadas para um futuro brilhante, com novas oportunidades e plataformas para o estreitamento de relações de cooperação entre a Lusofonia, a China e a RAEM, com o objectivo de continuarem a fazer história e a impulsionar, com «engenho e arte» (expressão muito conhecida de Camões), um novo cenário de desenvolvimento, de intercâmbio e cooperação comercial, económica e cultural, e a tirar ainda mais partido das vantagens oferecidas por esta «pérola na palma da mão da Pátria» que é a RAEM.