
Nas estatísticas divulgadas hoje (dia 26) pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) constata-se que os investimentos dos residentes de Macau - incluindo os indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo as reservas cambiais da Região Administrativa Especial de Macau - em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, calculados a preços de mercado em 31 de Dezembro de 2024, registaram um valor de 1.204,3 mil milhões de patacas, ou seja, +2,7% face a 30 de Junho de 2024 e +14,3% face ao final de 2023. Entre os vários componentes da carteira, os investimentos em títulos representativos de capital (incluindo fundos mútuos e investimentos em trusts), obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo alcançaram 316,5 mil milhões, 750,7 mil milhões e 137,1 mil milhões de patacas, respectivamente, em valor de mercado, traduzindo subidas respectivas de 11,2%, 8,2% e 81,7%, em relação ao final de 2023.
Em termos de distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 44,0% do total, sendo a restante aplicada principalmente na América do Norte (22,9%), na Europa (17,6%), no Atlântico Norte e Caraíbas (11,4%) e na Oceânia (1,8%).
O investimento em títulos emitidos por entidades no Interior da China (incluindo títulos listados em bolsas no exterior) continuou a ser predominante, representando 28,4% do total da carteira de investimentos externos aplicados pelos residentes de Macau. O respectivo valor de mercado situou-se em 341,5 mil milhões de patacas, mais 22,6% face ao final de 2023. Refira-se que os investimentos em títulos representativos de capital, em obrigações a longo prazo e em obrigações a curto prazo alcançaram 59,5 mil milhões, 174,3 mil milhões e 107,7 mil milhões de patacas em valor de mercado, respectivamente, correspondendo a 18,8%, 23,2% e 78,6% do total das respectivas categorias. Por seu turno, a quota do investimento em títulos emitidos por entidades na Região Administrativa Especial de Hong Kong diminuiu de 11,0% para 9,0% e o seu valor de mercado baixou 7,3%, fixando-se em 107,8 mil milhões de patacas. Realça-se que os investimentos em títulos representativos de capital e em obrigações a longo prazo atingiram 38,6 mil milhões e 54,0 mil milhões de patacas, respectivamente, em valor de mercado.
O investimento dos residentes de Macau em títulos emitidos por entidades nos Estados Unidos da América cifraram- -se em 250,6 mil milhões de patacas em valor de mercado, com uma subida de 33,6% face ao final de 2023, tendo o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior crescido de 17,8% para 20,8%.
A quota do investimento em títulos europeus foi de 17,6%, traduzindo um aumento de 1,0 ponto percentual em relação ao final de 2023 e o seu valor de mercado atingiu 212,2 mil milhões de patacas, mais 21,1%. Entre os países europeus, os investimentos na Irlanda, no Reino Unido e no Luxemburgo representaram os maiores pesos, com valores de mercado de 72,4 mil milhões, 38,0 mil milhões e 36,3 mil milhões de patacas, respectivamente.
O valor de mercado do investimento dos residentes de Macau em títulos emitidos por entidades no Atlântico Norte e Caraíbas alcançou 137,8 mil milhões de patacas, menos 6,1% relativamente ao final de 2023. O respectivo peso na carteira de investimentos no exterior diminuiu de 13,9% para 11,4%. Salienta-se que desceu 9,1% o valor de mercado do investimento em títulos emitidos por entidades nas Ilhas Virgens Britânicas, situando-se em 72,0 mil milhões de patacas.
Quanto aos títulos emitidos por entidades nos países integrados na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” (excluindo a China), detidos por residentes de Macau, o seu valor de mercado diminuiu 3,8% face ao final de 2023 para 100,3 mil milhões de patacas, representando 8,3% do total da carteira de investimentos no exterior. Por seu turno, o valor de mercado do investimento em títulos emitidos por entidades nos países de língua portuguesa atingiu 948,3 milhões de patacas, o qual foi aplicado em títulos emitidos por entidades em Portugal e no Brasil.
O Inquérito à Carteira de Investimentos (ICI) é realizado conjuntamente pela AMCM e pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em conformidade com as metodologias estatísticas promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).