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Sucesso na realização do exercício “Captura do Lobo 2025”, tendo saído reforçada a capacidade dos serviços na resposta à emergência

Na Sala de Comando e Resposta a Contingências do Centro de Operações de Protecção Civil, o Comandante-geral dos SPU e o pessoal da direcção das diversas forças e serviços participantes observam e orientam a realização do exercício.

No sentido de reforçar a troca de informações, a capacidade de comando conjunto e a coordenação na resposta a emergências entre a polícia e as empresas de turismo e lazer, bem como elevar a eficiência dos planos de contingência e das operações policiais de combate à criminalidade grave, realizou-se na manhã do dia de hoje ( 16 de Julho) um exercício de simulação de resposta a incidente súbito nas instalações de uma operadora de jogo. Este exercício, com o nome de código “Captura do Lobo 2025” contou com a participação de 7 entidades, a saber: Serviços de Polícia Unitários (SPU), Serviços de Alfândega (SA), Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Polícia Judiciária (PJ), Corpo de Bombeiros (CB), Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) e SJM Resorts, S.A. (SJM Resorts). O exercício simulou a ocorrência sucessiva de uma ameaça de bomba e de um roubo à mão armada, em instalações distintas da mesma empresa de turismo e lazer. As autoridades de segurança instalaram o Centro de Comando no Terreno. O exercício terminou com sucesso, tendo as autoridades detido os criminosos e resolvido a crise.

Simulação da ocorrência de um roubo com recurso a violência grave

O exercício teve lugar na manhã de 16 de Julho no Grand Lisboa Palace Resort Macau, sito no COTAI, e foi simulado o seguinte cenário: uma organização criminosa fez uma ameaça de bomba, por correio electrónico, contra uma empresa de turismo e lazer (doravente “empresa”), alegando ter colocado uma bomba no centro comercial de um hotel dessa empresa situado no centro de Macau, que explodiria caso a empresa não entregasse 100 milhões de dólares de Hong Kong em criptomoeda. A empresa denunciou de imediato o caso à PJ, tendo ainda comunicado a ocorrência do incidente à DICJ. A PJ enviou de imediato o pessoal ao local para efectuar investigações e coordenou com o CPSP o acompanhamento da situação dos restantes hotéis e casinos dessa empresa, assim como as redondezas dessas instalações.

No entanto, esta ameaça pretendia unicamente desviar a atenção da polícia e do pessoal da segurança do hotel, pois o real intuito dos criminosos era realizar um assalto à mão armada num casino dessa empresa situado no COTAI. Durante o sucedido, 4 criminosos roubaram os bens que se encontravam nas mesas de jogo e dos clientes. No meio da confusão, muitos clientes foram vítimas de agressão, tendo sido alvo de facadas e sofrido quedas. Face ao sucedido, o pessoal da segurança do hotel contactou de imediato a polícia. Os agressores puseram-se de imediato em fuga depois do roubo, tendo sido interceptados pelo pessoal de patrulhamento da PJ que acorreram ao local, acabando na detenção em flagrante delito de um dos assaltantes. De entre os restantes criminosos, um deles foi detido na via pública adjacente ao casino pelos agentes do CPSP que patrulhavam o local, tendo os agentes descoberto, na mala do ladrão, um objecto que suspeitaram ser um engenho explosivo. Além disso, um dos assaltantes tomou duas pessoas como reféns num quarto destinado ao descanso do casino, exigindo à polícia que o deixasse abandonar o local e que libertasse os seus cúmplices. Salienta-se ainda que o paradeiro do quarto indivíduo suspeito ainda não tinha sido localizado.

Cooperação entre várias partes na resolução da crise

Após a denúncia, a PJ activou de imediato o plano de resposta a crises e desencadeou o mecanismo denominado “Operação Traquinas”, comunicando as forças e serviços de segurança a necessidade de envidar esforços na detenção do assaltante em fuga e instalando, juntamente com as diversas forças e serviços, o Centro de Comando no Terreno. De seguida, o pessoal dos SA, do CPSP e da PJ mobilizaram os carros, drones e botes rápidos para efectuar patrulhamento dentro da cidade, nas zonas costeiras e no mar, montando ainda operações “Stop” nos postos fronteiriços, nas principais vias rodoviárias e nos pontos de acesso às pontes Macau-Taipa, revistando qualquer indivíduos, veículos ou barcos suspeitos, bem como solicitando o auxílio das autoridades policiais de Zhuhai.

Ao mesmo tempo, as autoridades de segurança bloquearam o local do crime e estabeleceram pontos de encontro para as pessoas evacuadas. O pessoal do CB efectuou a triagem dos feridos e prestou os primeiros socorros. O CPSP enviou o Grupo de Tratamento de Engenhos Explosivos e o Grupo Cinotécnico ao local. Graças à cooperação entre o pessoal das duas corporações, o engenho explosivo deixado pelos assaltantes foi desactivado com sucesso.

Dentro do casino, os especialistas do Grupo de Negociação para Situações de Crise da PJ conseguiram convencer o assaltante a libertar um refém. Contudo, a estabilidade emocional do suspeito piorou com o passar do tempo, tendo passado a confrontar com a polícia à mão armada e a ameaçar que mataria um outro refém. Face à situação, o Centro de Comando no Terreno decidiu mobilizar o Grupo de Operações Especiais do CPSP, acabando por deter o criminoso e resgatar o último refém. Por outro lado, visto que os casos de ameaça de bomba por correio electrónico e de assalto à mão armada aconteceram de forma sucessiva, a PJ reforçou a investigação e a recolha de provas através da interacção entre o Departamento de Ciências Forenses, a Divisão de Investigação de Crimes Informáticos e a Divisão de Informática Forense, contando ainda com a colaboração da secção de vigilância do casino, acabando por identificar e deter a última suspeita, que se disfarçara de cliente e se escamoteara no meio dos hóspedes do casino. Por fim, as autoridades confirmaram que a suspeita é membro da organização criminosa e que a mesma enviou o email de extorsão à empresa.

Reforço da prevenção e da capacidade de resposta

O simulacro durou cerca de 1 hora e contou com cerca de 209 participantes. Sob a orientação do pessoal da direcção das forças e serviços participantes e graças à cooperação entre os participantes provenientes da SJM Resorts e dos diversos serviços, o exercício terminou com sucesso e os resultados obtidos cumpriram as expectativas. Os SPU irão continuar a envidar esforços na concretização dos três conceitos policiais modernos apresentados pelo Secretário para a Segurança, prevendo possíveis ameaças em tempos de paz, cumprindo o lema “mais vale prevenir do que remediar”, através da realização de diversas operações policiais e exercícios conjuntos, do aperfeiçoamento contínuo dos diversos mecanismos e planos de resposta a emergências e do reforço da capacidade de coordenação e de acção conjunta entre as forças e serviços de segurança, salvaguardando a segurança pública de Macau e protegendo a vida e os bens dos seus residentes e turistas.

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