Na sessão realizada no dia 10 de Meio, o Centro de Coordenação da Gripe apelou aos cidadãos para se vacinarem contra a gripe H1N1 e, depois de satisfeitas as necessidades da população de Macau e reservada outra para preparação, o Centro irá considerar a doação das restantes vacinas. Conforme o Director, Lei Chin Ion, encontraram-se sucessivamente nos países do hemisfério sul e do hemisfério norte as fases de pico de ocorrência da gripe H1N1, e Macau, experimentou o pico de ocorrência da gripe H1N1 nos meses de Setembro e Outubro do ano transacto. Actualmente, apesar da situação pandémica em todos os lugares do mundo estar aliviada, nalguns países e regiões como a Malásia e Singapura, a situação pandémica continua ser mais activa. Segundo o mesmo representante, para garantir a saúde e a segurança de todos os cidadãos de Macau, a entidade referida comprou no ano anterior 100.000 doses de vacina contra a gripe H1N1 quando a situação pandémica global era muito grave. Mais tarde, como a situação de gripe H1N1 enfraqueceu e têm aparecido nas várias regiões efeitos secundários com a vacinação, a mesma entidade reduziu o número de compra de vacina para 70.000 doses. E após a chegada de 45.000 doses de vacina a Macau, os Serviços de Saúde negociaram com a Firma que produz a mesma para que as restantes 45.000 doses pudessem ser substituídas pela vacina da gripe sazonal. Sublinhou que, na altura do surto de gripe H1N1, os serviços do sector de saúde, de facto, não podiam prever o desenvolvimento da situação da gripe e, por isso, foi necessário ajustar as respectivas medidas de acordo com a evolução da pandemia. No sentido de conhecer os níveis de imunidade ao vírus da gripe H1N1, foi realizada pelos Serviços de Saúde a investigação serológica para detecção do vírus da gripe H1N1 dos alunos de escola primária e secundária e dos trabalhadores do Serviços de Saúde. De acordo com o resultado, 73% dos adultos a quem foi administrada a vacina apresentam imunidade ao vírus da gripe H1N1, enquanto que apenas 8% dos adultos não vacinados possuem a imunidade referida. O Centro de Coordenação da Gripe apelou aos cidadãos que ainda não foram sujeitos à vacinação contra a gripe H1N1 para o fazerem o mais cedo possível. A investigação realizada pela entidade referida é composta por duas partes, uma para os alunos de escola primária e secundária e outra para os trabalhadores do Serviços de Saúde. No primeiro estudo, os Serviços de Saúde procederam-se aleatoriamente ao exame serológico a 538 estudantes com idades compreendidas entre os 6 e 17 anos das escolas primárias e secundárias. De acordo com os resultados, entre os 100 estudantes não vacinados, registaram-se 45,7% que já possuiam imunidade ao vírus da gripe H1N1; dos 251 estudantes, 97,7% adquiriram imunidade ao vírus após ter sido administrada a primeira dose da vacina, enquanto 100% dos estudantes mostraram imunidade com a administração da segunda dose da vacina. Nos Serviços de Saúde, dos 227 trabalhadores, constatou-se que apenas 8% dos casos não vacinados possuiam imunidade, e dos casos vacinados, 73,0% têm imunidade. Não há diferença evidente em relação à obtenção da imunidade entre o pessoal médico que se encontra na linha da frente e tem contacto frequente com os doentes e o pessoal da logística que não tem contacto frequente com os doentes. Neste caso, pode-se tomar este resultado como referência na determinação dos níveis de imunidade para a população em geral. Tendo em consideração que à maioria dos cidadãos que não foram vacinados falta imunidade contra o vírus da gripe H1N1, estes, quando eventualmente forem infectados, poderão ter graves complicações e até a morte em alguns doentes, embora a situação clínica da maior parte dos doentes infectados seja ligeira, razão que leva o Centro de Coordenação da Gripe a apelar aos indivíduos que ainda não foram sujeitos à vacinação para o fazerem o mais rápido possível. Além disso, uma vez que vários países e territórios no mundo se encontram a reduzir o nível de alerta da pandemia de gripe, a Equipa Coordenadora sobre a Pandemia de Gripe propôs que os trabalhos de diagnóstico das instituições médicas possam regressar à normalidade e as instituições e estabelecimentos públicos e privados ajustem, de forma adequada, as medidas de prevenção. Simultaneamente, apela-se aos cidadãos para que prestem atenção à higiene pessoal, e quando tiverem sintomas de febre, evitem a deslocação ao trabalho ou à escola. Além disso, continua-se a incentivar os cidadãos que ainda não foram sujeitos à vacinação contra a gripe H1N1 para o fazerem. Nas épocas do Outono e Inverno, iniciar-se-á, de forma oportuna, uma nova administração de vacina anti-gripal, a fim de consolidar a imunidade. Continuar-se-á a vigilância da situação pandémica global e de Macau, para possibilitar o ajustamento da estratégia de prevenção e controlo de acordo com o desenvolvimento da respectiva situação.
