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Verificação em Macau de um subtipo de VIH raramente ocorrido na Região Ásia-Pacífico, segundo o resultado dum estudo


A fim de obter um melhor conhecimento sobre as características dos VIH propagados em Macau, os Serviços de Saúde, em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade Chinesa de Hong Kong, realizaram no período de 2006 a 2007 uma análise biológico-molecular pormenorizada aos VIH verificados em Macau, tendo detectado que o subtipo do VIH - CRF12_BF que prevalece em Macau e é ligeiramente diferente do que prevalece noutras regiões. Recentemente, o referido estudo obteve resultado e foi publicado nas revistas internacionais de medicina. A alteração do VIH acontece muito frequentemente e Macau, sendo uma cidade internacional com contexto cultural distinto e uma grande movimentação diária de visitantes vindos de todo o lado do Mundo, é inevitável a importação de vírus que prevalecem noutros países. Os Serviços de Saúde procederam à perseguição dos infectados pelo vírus deste subtipo, tendo verificado que este grupo de doentes tinha sintomas idênticos aos doutros infectados e manifestaram reacções positivas ao tratamento.
Os Serviços de Saúde têm mantido a vigilância epidemiológica da SIDA em Macau e verificaram que o sexo inseguro, a partilha de seringas e a transmissão materno-infantil constituem os modos principais de transmissão.
Antes do ano de 2004, o sexo inseguro constituía o modo principal de transmissão do VIH em Macau. Em 2004, os Serviços de Saúde verificaram um aumento súbito quanto ao número de infectados pelo VIH através da partilha de seringas. Uma análise mais pormenorizada revelou que a infecção tinha sido provocada pelo VIH do subtipo CRF12_BF que é relativamente raro na Região Ásia-Pacífico. O VIH desenvolve-se por dois subtipos: VIH-1 e VIH-2. De acordo com sequência genética do virus, o HIV-1 pode ser subdividido em vários subtipos e recombinantes entre diferentes subtipos e o CRF12_BF pertence a um dos recombinantes entre os diferentes subtipos. No passado, este subtipo foi detectado principalmente na Região da América do Sul, tendo sido também verificado em determinadas regiões da Europa. A fim de controlar a velocidade de propagação da SIDA no grupo de toxicodependentes, o Governo da RAEM, no ano de 2005, criou a Comissão de Luta contra a SIDA liderada pelo então Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Dr. Chui Sai On, e composta pelo director dos Serviços de Saúde, director do Instituto de Acção Social, director da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude e representantes de demais organismos governamentais e não governamentais. Sob a liderança da Comissão de Luta contra a SIDA, o Governo da RAEM adoptou uma série de medidas, incluindo o reforço da educação dos toxicodependentes, a promoção activa do programa de tratamento de substituição com metadona e do projecto de limpeza de seringas. Tudo isto permitiu um controlo rápido da situação, na sequência do qual, o número de novos casos de infecção pelo VIH baixou anualmente.
A Nova Lei Anti-Drogas aprovada em 2009 oferece mais fundamentos jurídicos para a prevenção e controlo da propagação da SIDA.
Os Serviços de Saúde sublinham que o programa de metadona para além de ser importante para baixar o risco de os toxicodependentes serem infectados pelo VIH, também é importante para a sua reintegração na sociedade. Espera-se que os cidadãos não discriminem os toxicodependentes.