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Os Serviços de Saúde apelam aos pais, creches e escolas que estejam alerta para a infecção por enterovírus


De acordo com notificação enviada pelo Departamento de Saúde da Província de Guangdong aos Serviços de Saúde da RAEM, em comparação com o ano passado, registou-se uma ocorrência antecipada da doença de mãos, pé e boca em algumas regiões da Província de Guangdong. Os números de ocorrência da doença, dos casos graves e de mortes declarados tiveram uma súbida óbvia em comparação com o ano passado. Os Serviços de Saúde da RAEM manifestaram que actualmente em Macau a situação de infecção por enterovírus não é grave, no entanto, o prazo de Abril a Junho é o período de pico de infecção do enterovírus, apelando aos pais, creches e escolas que estejam alerta para a prevenção do mesmo. De acordo com as informações do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços da Saúde, a situação da infecção pelo enterovirus é semelhante à do ano passado, tendo-se registado este ano, até ao dia 8 de Abril, 271 casos da doença de mãos, pés e boca, entre os quais, 6 casos de infecção colectiva em creches, que afectaram 35 crianças. No que respeita às 35 crianças que contraíram a doença, a situação foi ligeira, não tendo havido qualquer caso de internamento hospitalar, nem qualquer sintoma anormal do sistema nervoso ou complicações graves. No corrente ano e ate ao presente, não foi registado qualquer caso de infecção pelo grupo enterovirus 71 (EV 71). A infecção pelo enterovirus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovirus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, com um pico no Verão, sendo a origem de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Em princípio, a doença de mãos, pés e boca afecta as crianças com idade inferior a 5 anos. O período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os excrementos dos infectados, pelas gotículas de saliva e pelos materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins de infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, a qual é uma doença de grande contagiosidade. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente contêm estes vírus. Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos, nomeadamente, aos elementos das instituições educativas e lares, aos alunos e aos pais, para que, devido à inexistência de qualquer vacina eficaz contra os enterovírus, apliquem as seguintes medidas de prevenção da infecção por enterovírus: Medidas pessoais:
- Prestar atenção à higiene pessoal, nomeadamente, lavar as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos;
- Cobrir a boca e o nariz sempre que espirrar e tossir, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas;
- Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados;
- Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto, descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar, para aumentar a imunidade;
- Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca, recorrer imediatamente a consulta médica. Medidas a aplicar pelas creches e pelos estabelecimentos de ensino:
- Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar as paredes até a altura de 1 metro, as mesas, as cadeiras e os brinquedos;
- Prestar frequentemente atenção aos alunos e ao pessoal, especialmente, com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca; em caso de aprsentarem estes sintomas, não devem ir às aulas, escolas ou serviço;
- Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre os alunos e os elementos de pessoal, os estabeleicmentos de ensinos devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2856 1122) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.