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Resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador no 4º trimestre de 2009


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4º trimestre de 2009, recolhidos em Janeiro de 2010, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas em Outubro de 2009 era de 2,18 meses, desceu 14,5% e 21,3%, em relação ao trimestre anterior (2,55 meses) e ao mesmo período do ano passado (2,77 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detida pelo sector de “Vestuário e Confecção” era de 3,03 meses, enquanto a de “Outros Sectores” era de 1,78 meses. No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, outras regiões da Ásia-pacífico, o Japão e a China são, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis. Entretanto, os mercados de destino como a UE, Austrália, outros países da Europa, Médio Oriente e Hong Kong têm demonstrado comportamentos menos satisfatórios, com uma fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis subiu de 6,9% no trimestre anterior para 37,2% no trimestre em causa (mais 30,3 pontos percentuais). Destas, 1,6% previam um forte aumento e 35,6% um ligeiro crescimento das exportações (3,7% no período homólogo do ano passado). Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável diminuiram de 37,9% no trimestre anterior para 20,9% neste trimestre, baixaram 17 pontos percentuais. Quando comparado com o registado no 4º trimestre de 2008 (82,6%), verificou-se uma redução de 61,7 pontos percentuais. Das quais, 7,7% apontam para um ligeiro decréscimo e 13,2% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação de estagnação desceram de 54,9%, verificado no trimestre anterior, para 41,9% neste trimestre. Estes dados traduzem o sentimento da maioria dos empresários inquiridos relativamente às exportações futuras. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores neste sector diminuiu, observando uma redução de 25,6% face ao período idêntico de 2008, e uma subida ligeira de 0,5% em relação ao trimestre passado. De entre as quais, 54,8% afirmaram terem enfrentado uma maior insuficiência de trabalhadores, constituindo um nível superior aos 46,4% e aos 33,6%, verificados no trimestre anterior e no mesmo trimestre de 2008, respectivamente; destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com uma representação de 47,9% no seio do mesmo, superior aos 41,5% no trimestre passado e aos 36,0% no mesmo trimestre de 2008. Com base nos resultados do Inquérito, no desempenho das actividades de exportação no 4º trimestre de 2009, as percentagens das empresas inquiridas que registaram dificuldades nos domínios de “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 82,9% e 43,0%, respectivamente, existindo ainda outros factores problemáticos, tais como o de “Insuficiente Volume de Encomendas” (31,6%), “Insuficiência de Trabalhadores” (22,8%) e “Salários Elevados” (11,6%). Das referidas dificuldades, as empresas apontaram os aspectos de “Preços Elevados das Matérias-Primas” (18,3%), “Insuficiência de Trabalhadores” (11,7%) e “Insuficiente Volume de Encomendas” (11,2%) como as dificuldades mais significativas. Projectando os próximos três meses, as empresas do sector industrial inquiridas identificam “Preços Elevados das Matérias-Primas” (63,3%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (43,9%) e “Salários Elevados” (40,4%) como principais motivos de preocupação no desempenho do seu ramo de actividade.