O Governo da RAEM solicitou à Air Macau pôr termo ao contrato de subconcessão com a Viva Macau por razões de interesse público, o qual obteve o acordo da mesma. O Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), a Autoridade de Aviação Civil (AAC), o Conselho de Consumidores e os respectivos departamentos governamentais realizaram esta tarde (dia 28) uma conferência de imprensa onde anunciaram a decisão tomada pelo governo. O presidente da Autoridade de Aviação Civil, Simon Chan referiu que o governo está extremamente atento aos prejuízos causados pela Viva Macau aos passageiros e à sociedade de Macau, devido a problemas relacionados com a falta de pagamento de combustível e à consequente suspensão dos voos, com a qual as autoridades mantiveram contactos e exortaram o cumprimento das responsabilidades comerciais perante os passageiros. O governo tem envidado todos os esforços no sentido de obter a cooperação da Viva Macau, na resolução consensual entre as várias partes, todavia até ao meio-dia de hoje não foi registada qualquer cooperação por parte daquela empresa. Simon Chan acrescentou ainda que ao longo do processo, a Viva Macau manifestou sempre muita falta de colaboração, inclusive, pela falta de disponibilidade em facultar os dados indispensáveis para o governo prestar o devido apoio às pessoas afectadas, designadamente a lista de passageiros, gerando um atraso significativo aos serviços de apoio. O presidente da AAC frisou ainda que na falta de cumprimento das obrigações comerciais por parte da Viva Macau, prejudicial ao interesse público, o governo, após ponderar sobre os danos causados ao sector de turismo de Macau e consultar as respectivas opiniões jurídicas, decidiu solicitar à Air Macau o termo do contrato de subconcessão da Viva Macau. Consequentemente, a Viva Macau ao perder esses requisitos básicos, na qualidade de entidade de exploração de transportes aéreos, as autoridades irão cancelar o respectivo licenciamento de agente. Entretanto, a questão dos 200 milhões de patacas de empréstimo concedidos à Viva Macau pelo governo, entre o ano de 2008 e 2009, será resolvida adequadamente através dos respectivos procedimentos legais. O coordenador do GGCT, Costa Antunes referiu que irá continuar a prestar apoio aos residentes retidos no exterior assim como aos estrangeiros retidos em Macau. Relativamente aos turistas afectados, e à respectiva passagem pelos serviços de emigração, o governo irá ter em considerarão ao tempo necessário para a preparação das respectivas viagens de regresso, assim as autoridades irão estender o período de vistos e a respectiva estadia. Desta forma os titulares de passaporte Chinês ser-lhes-ão prolongados 15 dias de estadia e 30 dias aos titulares de passaporte estrangeiros. Por sua vez, o presidente da comissão executiva do Conselho de Consumidores, Wong Hon Neng qualificou este caso como um conflito de consumo consequente de um acto comercial e afirmou que o apoio prestado será acordo com as atribuições concedidas pela lei, incluindo o envio de funcionários até ao balcão dos Serviços de Turismo, no Aeroporto Internacional de Macau, os quais oferecem consultas e recolhem as queixas dos turistas lesados.