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O Instituto Cultural do Governo da R.A.E.M. promove, entre os dias 1 e 29 de Maio de 2010, o XXI Festival de Artes de Macau (FAM).


Com mais de 70 actuações e 25 espectáculos de 20 países diferentes, incluindo Portugal, Brasil, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Finlândia, Peru, Cuba, EUA, Canadá e Austrália, o Festival não estaria completo sem o espírito sempre presente dos artistas de Macau. Numa clara aposta no talento e na produção locais, os artistas de Macau estreiam obras que espelham o panorama das artes do espectáculo do território, enquanto no flanco internacional o Festival volta a afirmar-se como cenário primordial para a revelação das últimas tendências do mundo do espectáculo, no âmbito do teatro, dança, música, circo, multimédia a artes visuais, num convite que se estende ainda à Ópera Cantonense, oficialmente inscrita na Lista do Património Cultural Intangível da Humanidade da UNESCO em 2009, através dos esforços conjuntos dos Governos de Guangdong, Hong Kong e Macau. Em honra desta realização, o XXI Festival de Artes de Macau inaugura com a ópera cantonense O Romance da Seda Vermelha, pela Associação Geral de Ópera e Música Chinesa de Macau (1 de Maio, Centro Cultural de Macau – Grande Auditório). Com versões paralelas em vários outros estilos operáticos chineses, O Romance da Seda Vermelha tornou-se um eterno favorito, encantando os públicos com o seu tema de amor comovente e com os seus inúmeros interlúdios cómicos, que nunca deixam de provocar ruidosas gargalhadas. O Grupo Infantil da Associação de Ópera Chinesa dos Kaifong de Macau contribui igualmente para a celebração da inscrição da Ópera Cantonense na Lista de Património Cultural Intangível da Humanidade da UNESCO com a representação da ópera A Lança Dupla de Luk Man Long (16/5, Cinema Alegria). Uma história arrebatadora de coragem e lealdade, este clássico do repertório de ópera cantonense, interpretado por jovens talentos, nunca deixa de comover o público. O Festival prossegue com bahok, pela Akram Khan Company (2 de Maio, Centro Cultural de Macau – Grande Auditório), uma peça de dança recente inspirada na nossa herança genética e cultural, nas nossas experiências e nos nossos sonhos e aspirações. Na sua exploração, o coreógrafo de renome mundial Akram Khan é acompanhado pelo famoso compositor Nitin Sawhney, que musicou as histórias que os corpos transportam consigo no palco. No dia 20 de Maio, o famoso breakdancer alemão Storm e o grupo brasileiro de dança hip hop Discípulos do Ritmo apresentam Geometronomics (Teatro Brito Clementina Leitão Ho). Geometronomics mostra como seria a nossa vida se a acelerássemos e criássemos abstracções a partir dos movimentos quotidianos das pessoas comuns. A música dá um contributo significativo para o programa do FAM. No dia 8 de Maio, o concerto da Orquestra Chinesa de Macau (CCM-GA) inclui três estreias absolutas em Macau. O talento de excepcionais compositores chineses contemporâneos é apenas rivalizado pelo génio do maestro Pang Ka Pang, numa mostra de raras e complexas obras sinfónicas. No dia 9 de Maio poderão ouvir Jazz com a Orquestra de Macau (Auditório da Torre de Macau), um concerto dedicado a George Gershwin com a participação do pianista japonês de jazz de renome Makoto Ozone, sob a direcção do jovem maestro Joshua Tan Kangming. As Irmãs Kransky estão a empacotar o seu Morris Major e a dirigir-se ao Festival de Artes de Macau (14 e 15 de Maio, Teatro Dom Pedro V). Depois de temporadas esgotadas na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e outros países da Europa, as excêntricas irmãs Mourne, Eve e Dawn Kranksy aventuram-se mais uma vez a sair do mundo privado da sua casa de família em Esk, no Queensland rural, na Austrália, com as suas histórias divertidamente sombrias, harmonias ritmadas e versões pouco convencionais de canções populares que ouviram no seu rádio. Também da Austrália provém a Spaghetti Western Orchestra (15 de Maio, Teatro Brito Clementina Leitão Ho), com o espectáculo Música de Ennio Morricone. Armados com mais de 100 instrumentos, estes brilhantes intérpretes tocam música dos filmes que transformaram Clint Eastwood numa estrela. Este habilidoso gang de maestros cómicos sublinham estas composições clássicas com efeitos sonoros hilariantes! Nos dias 22 e 23 de Maio, o multi-premiado animador e tap dancer Movin’ Melvin Brown, conhecido como “o último dos grandes cantores e dançarinos”, explora as vidas, os tempos, as dificuldades e os triunfos de dois dos maiores entertainers, Ray Charles e Sammy Davis Jr., assim como os seus próprios no espectáculo Eu, Ray Charles e Sammy Davis Jr. (Teatro Dom Pedro V). No que diz respeito à música clássica, o grupo português Musicalmente apresenta Concertos para Bebés (21~23 de Maio, Sala dos Espelhos do Teatro Dom Pedro V). Com muitos sorrisos, dança e palmas, estes concertos são uma introdução descontraída ao mundo da música clássica para os ouvintes mais pequeninos. Nos dias 27 e 28 de Maio (Centro Cultural de Macau – Pequeno Auditório), o grupo espanhol Yllana leva à cena Pagagnini, um espectáculo que combina música clássica com o humor da comédia física de Yllana. O resultado é um divertido e surpreendente “Des-Concerto”, que passa em revista alguns dos momentos altos na história da música clássica através da sua combinação habilidosa com temas mais populares. O grupo de teatro em patuá Dóci Papiaçám di Macau desenha a habitual caricatura macaense da sociedade local entre os dias 21 e 23 de Maio no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, estreando Sabroso Nunca! (Bom Petisco!). Esta é a nova peça de Miguel de Senna Fernandes, que há mais de dez anos convida os seus amigos macaenses a contar estas hilariantes histórias em patuá. Desta feita o sossego e a paz da comunidade ficam, dum dia para o outro, às avessas, quando, por ordem oriunda do Continente, se decide organizar um concurso de culinária... A Associação de Representação Teatral Hiu Kok, uma companhia profissional de teatro de Macau, leva à cena Histórias do Beco da Rosa (20 e 21 de Maio, Centro Cultural de Macau- Pequeno Auditório), uma peça que descreve os altos e baixos dos habitantes do Beco da Rosa entre os anos 20 e os anos 90 do séc. XX. As suas personagens encarnam a tolerância, a bondade e a tolerância dos residentes emblemáticos de Macau. O Grupo Juvenil de Teatro de Repertório do Conservatório de Macau apresenta a peça Num Bosque, de Ryūnosuke Akutagawa (16 de Maio, CCM-GA). Com encenação do proeminente dramaturgo local Lawrence Lei, Num Bosque é um conto do início do Modernismo que questiona a capacidade ou a vontade do homem de entender e transmitir a verdade objectiva. É frequentemente considerado um dos melhores da literatura japonesa. O teatro internacional também está presente no Festival. Dulcinea Langfelder and Company regressa ao FAM com O Lamento de Dulcinea (24 e 25 de Maio, CCM-PA). Inspirada na famosa musa de Don Quixote, Dulcinea del Toboso, Dulcinea Langfelder atreve-se a enfrentar a “heroína ausente” de Miguel Cervantes, dando voz à sua homónima para expressar a sua visão do mundo e a sua história. De Portugal, a popular companhia de teatro A Barraca traz-nos Agosto: Contos da Emigração – Um Espectáculo Musical (27 e 28 May, Teatro Dom Pedro V). “Agosto” fala das aspirações, dos sacrifícios, das alterações de vida, das frustrações e dos triunfos, dos gostos, daquele grupo social que tanta riqueza económica trouxe a Portugal. Da irrisão à emoção, actores e público vão viajando de camioneta, de barco, de comboio e até num pau-de-arara sertanejo, experimentando sentimentos que certamente vão ajudar a conhecer melhor aquela gente que continua a ser os “outros” portugueses. Bootworks Theatre Collective do Reino Unido apresenta A Caixa Negra: Pequena Caixa de Horrores/ Uma Caixa Andalusa (21 a 23 de Maio, Casa de Lou Kau). Este peep show divertido e engenhosamente coreografado usa luz, imagens e marionetas para explorar a capacidade única do cinema de usar ângulos, close-ups, long-shots, cortes e efeitos especiais diferentes, combinados com som e música. O teatro de marionetas, programa familiar por excelência, não foi esquecido no certame. A companhia peruana Gaia Teatro apresenta O Mundo de Fingerman (8 e 9 de Maio, Auditório do Conservatório de Macau), uma obra íntima de teatro de marionetas não-verbal para públicos de todas as idades. Por seu lado, Poemas Visuais, um espectáculo da Companyia Jordi Bertran de Espanha (15 e 16 de Maio, Auditório do Conservatório de Macau) fará certamente as delícias dos mais novos. Letras de borracha ganham vida e criam um mundo cheio de personagens, humor, movimento e acção dramática. Por último, a Companhia de Teatro de Marionetas Taiyuan e a Compagnie des Zonzons (Taiwan/ França) apresentam A Caixa (11 de Maio, CCM-GA), um engenhoso mecanismo que sugere emoções infinitas, onde comediantes, marionetas, sombras e imagens filmadas ou projectadas se cruzam, são sobrepostas e interagem. Em mandarim, dialecto de Taiwan e francês, os marionetistas oferecem-nos um espectáculo de humanidade redescoberta, no qual a emoção transcende a razão. O Festival oferece também espectáculos multi-disciplinares. Os artistas finlandeses Ville Walo e Kalle Kakkarainen apresentam Odotustila: Sala de Espera/ Estado de Espera (20 e 21 de Maio, Teatro Dom Pedro V). Grande parte da vida humana é passada à espera. Existem mesmo salas e espaços específicos para esperar. Este é o tema de Odotustila, um espectáculo de circo contemporâneo. Por último, mas não menos emocionante, o espectáculo que encerra a 21ª edição do Festival de Artes de Macau é Havana Rakatan da companhia cubana Ballet Rakatan (28 e 29 de Maio, CCM-GA). Jazz, mambo, bolero, son, cha-cha-chá, rumba e salsa, numa exibição deslumbrante de paixão cubana. Originalmente o sonho da famosa coreógrafa cubana Nilda Guerra, este espectáculo está em digressão mundial e foi desfrutado por milhares de espectadores. Mais artes do espectáculo preenchem o cartaz do FAM. Uma vasta Mostra de Espectáculos ao Ar Livre anima o norte da cidade entre os dias 21 e 23 de Maio, no Jardim Iao Hon, na zona norte de Macau. Artistas internacionais e da China correm nesta maratona de produções menos mainstream. O Festival integra ainda a Exposição Refúgio de Um Viajante: Obras-primas de George Chinnery, que estará patente no Museu de Macau (29 de Maio~29 de Agosto de 2010). O famoso pintor inglês George Chinnery (1774-1852) é considerado um dos mais influentes artistas ocidentais na Índia e no Sul da China entre o princípio e meados do séc. XIX. Chinnery mudou-se para Macau em 1825 e os seus esboços cheios de vida de cenas de rua locais e de paisagens do delta do Rio das Pérolas tornaram-se registos preciosos para o estudo da história da região. A exposição exibe 150 pinturas a óleo, aguarelas, desenhos e esboços. As obras em exposição provêm de colecções propriedade do HSBC, Jardine Matheson Limited, Museu de Arte de Macau, Museu de Macau e coleccionadores privados. O programa do XXI Festival de Artes de Macau não estaria completo sem a Exposição Anual de Artes Visuais de Macau 2010 (15 de Maio~8 de Agosto de 2010, Galeria Tap Seac). Todos os anos, o Instituto Cultural desafia Macau a reflectir sobre a cidade e as artes, espelhando os trabalhos que melhor reflectem o panorama das artes visuais locais. Os artistas de Macau responderam com mais de cem obras subordinadas a este tema, incluindo na área da pintura tradicional chinesa, caligrafia, gravação de carimbos, fotografia, escultura, cartazes, vídeo e instalação. As “dez melhores obras” serão anunciadas na cerimónia de inauguração da exposição. Serão também promovidos workshops e conferências sobre os eventos, com o objectivo de estimular o interesse da população pelas artes. Como já vem acontecendo em edições anteriores do FAM, será permitido o acesso do público aos ensaios de alguns dos espectáculos. A Direcção dos Serviços de Turismo apoia amavelmente a promoção do XXI Festival de Artes de Macau no Interior da China e no estrangeiro. Os espectáculos realizados no Centro Cultural de Macau contam com o apoio do Centro Cultural de Macau através de um subsídio de renda. Os bilhetes para o XXI Festival de Artes de Macau encontram-se à venda a partir das 10:00 horas do dia 21 de Março de 2010, nos postos de venda da Rede de Venda de Bilhetes Kong Seng. As reservas online e por telefone estarão disponíveis a partir das 13:00 horas do dia 21 de Março. Está disponível uma variedade de planos de descontos (até 40%) e uma promoção especial para os espectáculos realizados no Teatro Dom Pedro V. O material publicitário, disponível nos postos de venda de bilhetes, fornece mais detalhes sobre o programa. Para mais informações sobre o XXI FAM é favor visitar o website do IC na Internet: www.icm.gov.mo/fam ou contactar o Instituto Cultural através do nº (853) 8399 6699 ou do Email fam@icm.gov.mo. Informações: Macau: (853) 2855 5555 Hong Kong: (852) 2380 5083 Reservas online: www.macauticket.com