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23.º Festival Fringe da Cidade de Macau aprofunda os laços culturais na comunidade

Palhaços para o Festival Complicité

Organizado pelo Instituto Cultural (IC), o 23.º Festival Fringe da Cidade de Macau encerrou com chave de ouro no final de Setembro. Dedicado ao tema “Passeio Urbano”, a edição deste ano apresentou 18 espectáculos e 13 actividades do Festival Extra, totalizando mais de uma centena de eventos que uniram mais de 80 artistas numa exploração das características singulares da cidade. Recorrendo a locais não convencionais, o Festival infundiu criatividade artística no seio da comunidade, aprofundando a ligação entre a cultura e o desenvolvimento comunitário. O evento atraiu quase 9.000 participantes, tendo contado com o apoio entusiástico tanto de residentes como de visitantes.

Esta edição do Festival Fringe continuou a apresentar a série “Crème de la Fringe”, incentivando os grupos artísticos a organizar subfestivais temáticos destinados a dar a conhecer as características urbanas e o património cultural de Macau através de diversas formas de expressão. A “TOMATO” Mostra de Teatro Digital Interactivo, no âmbito da série “Crème de la Fringe”, rompeu as fronteiras do teatro tradicional através de plataformas digitais, permitindo aos participantes descobrirem fragmentos de memória escondidos em vários cantos da cidade através de um passeio por diferentes bairros comunitários de Macau. Por sua vez, “Palhaços para o FestivalComplicité” proporcionou uma inesperada experiência teatral com palhaços através de uma variedade de espectáculos teatrais interactivos e de actividades do Festival Extra, proporcionando ao público uma alegria pura e genuína.

Vários programas do Festival aventuraram-se nos bairros comunitários, revelando a ligação entre a comunidade e a cultura através da expressão artística. Orquídeas à Velha Casa contou a história do “tráfico de leitões” através da música e da narração de histórias. Chow T. II recorreu a marionetas tradicionais de Quanzhou para levar o público a examinar os conflitos da salvaguarda do património cultural intangível, as memórias familiares e o crescimento pessoal.Convés Oscilante apresentou o Porto Interior, onde memórias se fundem com visões oníricas, através de uma combinação de realidade aumentada (RA) e realidade. Uma Reunião na Solidão convidou o público a reflectir sobre o significado de “reunião”, através de um espectáculo a solo, tendo por pano de fundo um antigo salão de chá chinês.

Além disso, a exposição participativa “Exposição de Arte para Todos” também decorreu em diferentes bairros comunitários, proporcionando espaços para os residentes mostrarem a sua criatividade e os seus talentos, nomeadamente na Praça dos Lótus no Bairro da Ilha Verde e junto ao Jardim da Cidade das Flores. O “Intercâmbio Fringe: Contacto com Outros Festivais” convidou representantes de eventos de artes performativas e de teatros de Pequim, da Austrália e da Malásia para partilharem as suas perspectivas sobre o planeamento de festivais e os critérios de selecção de programas, providenciando informações práticas para artistas e grupos artísticos locais.

No futuro, o IC continuará a criar plataformas para artistas e grupos locais e a alargar o espaço de desenvolvimento dos mesmos, a fim de apresentar um variado leque de programas artísticos e culturais ao público.

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