Saltar da navegação

Duas turmas foram obrigadas a suspender as aulas por infecção colectiva pela gripe H1N1


O alerta de gripe pandémica (H1N1) dado pela Organização Mundial de Saúde mantém-se no nível 6, sendo a sua gravidade moderada. Actualmente, o nível de alerta de Macau é 6 (cor azul), sendo o risco de transmissão moderado. No dia 18 de Janeiro, as crianças com sintomas de gripe que recorreram ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário representaram 50% do número total de doentes inscritos no Serviço de Pediatria. Quanto aos utentes adultos, 13% foram doentes com gripe. No dia 19 de Janeiro, duas turmas foram obrigadas a suspender as aulas por infecção colectiva pela gripe. Mais 12 doentes foram confirmados casos de gripe. Desde o dia 18 de Junho do ano passado até hoje, registaram-se cumulativamente 3,557 casos confirmados da nova gripe H1N1, dos quais 17 contraíram pneumonia, 4 necessitaram do apoio do ventilador e 2 faleceram. Os Serviços de Saúde continuam a manter o sistema de vigilância epidemiológica nos estabelecimentos escolares, lares e outras instituições. Até à tarde de 19 de Janeiro, nenhum novo caso confirmado foi submetido a tratamento hospitalar. Actualmente, não há nenhum doente confirmado internado no hospital para tratamento.
No dia 19 de Janeiro, 1.595 cidadãos foram vacinados contra a gripe H1N1 e desde 23 de Novembro do ano passado até hoje, cumulativamente, 91.867 cidadãos foram vacinados. Os casos de infecção colectiva de gripe ocorreram nas Turmas B e D do Centro de Desenvolvimento Infantil "Kai Chi”, sito na Rampa do Padre Vasconcelos, tendo os doentes idades entre os 3 e 6 anos. No total, 9 crianças apresentaram sintomas do tracto respiratório superior, nomeadamente, febre e tosse. Todos os alunos doentes recorreram à consulta médica em instituições médicas e nenhum deles foi submetido a tratamento hospitalar. Têm registado melhorias e não se verificaram complicações . O Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde recolheu amostras do tracto respiratório de alguns desses alunos para a realização de teste laboratorial. Entre os 9 alunos doentes, 6 não se vacinaram e 3 vacinaram-se apenas com a primeira dose, não se tendo ainda vacinado com a segunda dose (crianças com idade inferior a 9 anos necessitam de ser vacinadas com 2 doses para a produção de um número suficiente de anti-corpos no organismo humano). Os Serviços de Saúde solicitaram às referidas duas turmas que suspendessem as aulas de 20 a 24 de Janeiro e pediram à escola que reforce as medidas de controlo de infecção, nomeadamente, a limpeza e esterilização do estabelecimento, a manutenção de circulação de ar fresco no interior das salas, bem como a observação rigorosa do estipulado sobre a não ida à escola dos alunos que estejam doentes. Relativamente ao estabelecimento prisional onde ocorreram vários casos de infecção colectiva de gripe, hoje não se registou novo caso. Para além disso, das 6 amostras enviadas ontem para teste laboratorial, 5 foram confirmadas estar infectadas pelo vírus da Gripe H1N1. Até ao momento, cumulativamente, 9 pessoas foram confirmadas estar infectadas pelo vírus em causa. A situação da doença de todos os prisioneiros é ligeira e os mesmos foram submetidos a tratamento, encontrando-se melhores.
Por outro lado, no que respeita a um cidadão que pôs em dúvida a segurança da vacina administrada em Macau, bem como a adequação das respectivas disposições, o Parlamento Europeu está a desenvolver uma investigação à Organização Mundial de Saúde quanto ao eventual excesso com que a epidemia foi encarada e os Serviços de Saúde já responderam, respectivamente, nos dias 14 e 16 do corrente mês, após o referido assunto ter sido reportado, salientando que a ocorrência da nova Gripe H1N1 e a transmissão da mesma em todo o mundo é um facto que ninguém pode negar. Até ao momento, a Gripe H1N1 não causou consequências muito graves em Macau, devido ao esforço conjunto dos diversos serviços governamentais e sectores da sociedade. A negação da existência actual de surto epidémico, associada a um afrouxamento das diversas medidas preventivas da epidemia, especialmente a medida de vacina, poderá causar consequências imprevistas. Tal como tem sido salientado nos últimos dias pela Organização Mundial de Saúde, está a ocorrer um surto epidémico real, e as afirmações acerca da ocorrência falsa da Gripe H1N1, não é apenas um erro científico, como também falta de responsabilidade.
Na fase inicial do surto epidémico, é difícil prever a severidade do surto. A densidade populacional de Macau é muito alta e, em caso de ocorrência de doenças transmissíveis, as suas consequências poderão ser muito penosas. O Governo da RAEM tem a responsabilidade de adoptar todas as medidas, com carácter rigoroso, para o controlo e prevenção das mesmas. Em relação à aquisição de vacinas, os Serviços de Saúde tomaram em consideração diversos factores, no sentido de se prepararem para o pior e de forma a garantir a vida e a saúde do público em geral. De acordo com as provas científicas actuais, bem como de acordo com as opiniões profissionais da maioria dos especialistas da Organização Mundial de Saúde e de todos os países do mundo, a vacinação é ainda a medida mais eficaz de prevenção e controlo da Gripe H1N1. Em todo o mundo, o número de casos adversos ocorridos após a vacinação contra a Gripe H1N1 não ultrapassou os da vacina sazonal. Os Serviços de Saúde vão continuar a administrar a vacina aos cidadãos que dela necessitem, e ao mesmo tempo, acompanhar estreitamente a ocorrência de casos adversos em Macau e no exterior, divulgando oportunamente ao público as informações necessárias .