A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2011, efectuado junto dos estabelecimentos das indústrias transformadoras, dos hotéis, restaurantes e similares, dos seguros, das actividades de intermediação financeira e da produção e distribuição de electricidade, gás e água, excluindo os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não empregados directamente pelas companhias de seguros. No fim do terceiro trimestre de 2011 as indústrias transformadoras empregavam 11.809 trabalhadores remunerados que diminuíram 13,2% em relação ao terceiro trimestre de 2010. O número de trabalhadores que se encontrava na indústria do vestuário e na indústria de têxteis equivaleu a 4.528 e 804, respectivamente, representando reduções significativas de 29,1% e 28,7%, respectivamente. No mês de Setembro deste ano a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo nas indústrias transformadoras (excluindo os prémios e as participações nos lucros) foi de 6.940 Patacas, o que traduz uma subida de 7,1%, em termos anuais. Realça-se que os operadores de máquina de costura auferiram 3.480 Patacas de remuneração média. Nos hotéis, restaurantes e similares laboravam 58.088 trabalhadores remunerados, os quais aumentaram 17,2% em relação ao período homólogo. Refira-se que daqueles 38.165 trabalhadores eram empregados de hotéis e similares. Em Setembro, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo neste ramo de actividade económica correspondia a 10.750 Patacas, significando uma subida de 5,2%, em termos anuais. Salienta-se, a remuneração média dos empregados de mesa dos hotéis e similares atingiu 7.310 Patacas, enquanto que a dos empregados de restaurantes e similares correspondeu a 6.260 Patacas. Os empregados de limpeza dos quartos recebiam uma remuneração média de 6.760 Patacas. A produção e distribuição de electricidade, gás e água tinha 1.067 trabalhadores remunerados, tendo descido ligeiramente 0,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2010. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Setembro de 2011 atingiu 23.430 Patacas e em termos anuais, subiu 4,3%. O sector de seguros empregava 459 trabalhadores remunerados, que face ao trimestre homólogo de 2010, se expandiu 1,5%. A remuneração média deste sector foi de 19.300 Patacas, isto é, cresceu 6,6%, em relação a Setembro de 2010. As actividades de intermediação financeira contavam com 389 trabalhadores remunerados que, isto é, menos 4,7% em comparação com o idêntico período de 2010. Em Setembro de 2011, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo cifrou-se em 12.990 Patacas, elevou-se 11,7%, em termos anuais. No fim do terceiro trimestre do corrente ano, havia 1.202 e 7.425 postos de trabalho vagos no ramo das indústrias transformadoras e dos hotéis, restaurantes e similares, respectivamente. Existiam também 19 vagas em cada um dos sectores de seguros e de actividades de intermediação financeira. Em termos de experiência profissional, os cinco ramos de actividade económica acima referidos exigiam experiência profissional em mais de 50% dos postos vagos. Por um lado, no que diz respeito às habilitações académicas, era requerido um nível académico inferior ou equivalente ao secundário geral em 70,4% das vagas nas indústrias transformadoras, enquanto todos os postos no sector dos seguros e 77,8% dos postos da produção e distribuição de electricidade, gás e água, necessitavam um nível académico equivalente ou superior ao ensino secundário complementar. Quanto aos conhecimentos linguísticos, além do cantonense, todas os postos vagos das actividades de intermediação financeira requererem conhecimentos linguísticos de mandarim e de inglês; nos hotéis, restaurantes e similares, os requerimentos foram de 72,7% para o mandarim e 62.9% para o inglês, respectivamente. Foi exigido o conhecimento da língua inglesa em 84,2% dos postos vagos no sector de seguros. No que diz respeito às taxas que reflectem a entrada e saída de trabalhadores, bem como, à necessidade de mão-de-obra, refira-se que a taxa de recrutamento de trabalhadores (9,9%) e a taxa de vagas (12,0%) nos hotéis, restaurantes e similares foram as taxas mais elevadas registadas no trimestre em análise e cresceram 0,6 e 2,9 pontos percentuais, respectivamente, em relação ao trimestre homólogo de 2010. A taxa de rotatividade de trabalhadores mais elevada foi a das indústrias transformadoras, atingindo 7,9%.