Os Serviços de Saúde publicam o resultado das análises sobre o caso de intoxicação alimentar ocorrido no bufete providenciado pelo Restaurante Festiva no Hotel Galaxy, cujo resultado evidencia a existência de vibrio parahaemolyticus nas amostras de fezes dos doentes. Presentemente, há cidadãos que tiveram que recorrer à consulta do hospital por motivo de gastroenterite. Após a averiguação realizada pelos Serviços de Saúde, a doença teve por origem a intoxicação alimentar causada por infecção cruzada nas comidas frias fornecidas na modalidade de bufete pelo Restaurante Festiva no Hotel Galaxy no Cotai. Hoje (23 de Setembro de 2011), o resultado da análise laboratorial evidencia a existência de vibrio parahaemolyticus nas amostras de fezes de uma parte dos doentes. Dado que o número de amostras de alimentos do caso suspeito de intoxicação alimentar fornecidas pelo restaurante em apreço é insuficiente, o que impossibilita a detecção de vibrio parahemolyticus, por conseguinte os Serviços de Saúde procederam aleatoriamente à recolha de amostras de outros alimentos não relacionados com a intoxicação alimentar para efeito de análises laboratoriais, não tendo sido detectada a presença de vibrio parahaemolyticus.
Até ao presente momento, os Serviços de Saúde registaram a totalidade de 46 doentes afectados, dos quais 20 indivíduos do sexo masculino e 26 do feminino, com as idades compreendidas entre os 11 anos e 64 anos, provenientes de 12 agregados familiares que tomaram as refeições na modalidade de bufete nos dias 14 a 16 de Setembro do corrente ano, tendo apresentado sucessivamente os sintomas de dores abdominais, diarreia e febre durante o período de 3 a 31 horas depois das refeições, sendo o estado de saúde deles normal, e dentro dos quais 1 necessitava de hospitalização por um curto período de tempo para tratamento. A averiguação epidemiológica evidencia o alto risco associado às comidas frias fornecidas, sendo que todos os indivíduos afectados consumiram mais as comidas frias, enquanto aqueles que não as consumiram, não apresentaram quaisquer sintomas de mal-estar.
Os Serviços de Saúde realizaram de imediato a averiguação, após a notificação do hospital no dia 16 de Setembro de 2011 e na sequência da confirmação preliminar da causa do caso, a autoridade sanitária solicitou imediatamente ao restaurante em apreço aplicação das medidas urgentes de higiene, incluindo o não fornecimento de todas as comidas de alto risco, as quais podem eventualmente provocar a intoxicação alimentar. Os trabalhadores do restaurante em apreço já tinham recebido a formação, assim como adoptaram as medidas de higiene em conformidade com as solicitações dos Serviços de Saúde. Refira-se que os Serviços de Saúde não receberam a notificação de quaisquer casos de gastroenterite, após o restaurante citado ter implementado as medidas de higiene adequadas.
As comidas mais frequentes que podem causar a intoxicação por vibrio parahaemolyticus são mariscos que não sejambem cozidos e infectados por vibrio parahaemolyticus ( como alforrecas (jellyfish) e lulas), alimentos temperados com sal (como vegetais e patas de porco fumados) ou alimentos infectados por cruzamento com os mariscos. O período de incubação da intoxicação alimentar por vibrio parahaemolyticus é de 2 a 48 horas, caracterizada pelos sintomas essenciais de diarreia, dores abdominais, náuseas, vómitos e febre. A duração do aparecimento de sintomas varia de pessoa para pessoa, e de um modo geral é de 2 a 5 dias.
Os Serviços de Saúde salientaram que os 3 factores principais que podem causar a intoxicação alimentar bacteriana são os alimentos contaminados pelos agentes patogénicos, os agentes patogénicos reproduzirem-se nos alimentos e a não eliminação dos mesmos durante a fase de preparação dos alimentos. Devido à preparação e exposição permanente de grande quantidade comida em bufete, facilmente se encontra o alto risco das comidas serem mais contaminadas, por conseguinte, o sector da restauração deve prestar particular atenção às seguintes medidas recomendadas: 1) No decurso da cozinha, os alimentos devem ser bem cozidos; 2) Os alimentos preparados devem evitar a contaminação pela poluição por alimentos crus, por instrumentos e utensílios, por pessoas ou por vectores de doenças; 3) Os alimentos preparados devem ser conservados a temperatura adequada (as comidas frias devem manter-se à temperatura inferior a 4.o Celsius; as comidas cozidas, à temperatura superior a 65.o Celsius), a fim de garantir a segurança alimentar.