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Com a chegada do período de pico da actividade dos mosquitos, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para manterem em conjunto o ambiente comunitário


Todos os anos, ao entrarmos na estação quente e chuvosa, se regista em Macau um aumento significativo na proliferação e actividade de mosquitos. De acordo com a vigilância através da Ovitrap, desde 2002 até ao corrente ano, a taxa de Ovitrap apresenta um aumento notável em meados de Abril de cada ano, mantendo o nível mais alto entre Junho e Outubro, baixando a taxa em Novembro. A taxa média de Ovitrap em Junho do corrente ano foi de 59,5%, valor semelhante ao dos anos anteriores, tendo-se registado uma taxa ligeiramente alta em Coloane(78%), Fai Chi Kei(65%), Tap Seac(62%) e Taipa(60%); e uma taxa relativamente baixa em Hac Sa Wan(55%), Toi San(56%), Fong Son Tong(57%) e Hoi Pong(58%). Os Serviços de Saúde têm mantido uma vigilância contínua sobre os mosquitos em Macau e adoptado de modo estratégico as medidas para a prevenção e o controlo de mosquitos, incluindo a aplicação regular de produtos químicos na rede de drenagem e nos locais com problemas graves de higiene. Contudo, a prevenção e o controlo de mosquitos não dependem apenas ou principalmente dos produtos químicos, dado que o efeito dos produtos é limitado e o uso excessivo e frequente dos mesmos causará a resistência dos mosquitos aos produtos e a eliminação de inimigos naturais dos mosquitos, com a consequente destruição do equilíbrio ecológico. Uma boa higiene nos domicílios e nas comunidades constitui a via decisiva para a prevenção e controlo dos mosquitos, por este motivo, os Serviços de Saúde apelam a todos os cidadãos de Macau para a participação e a manutenção em conjunto de um bom ambiente comunitário. Quando viajarem, devem adoptar medidas para evitar a picada dos mosquitos. Se depois do regresso a Macau, aparecerem com sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar os mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de provocar a propagação da doença. Dez recomendações para a eliminação das fontes de proliferação dos mosquitos Aedes Os mosquitos Aedes gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água limpa, estagnada e na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos Aedes, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandone lixos, especialmente, garrafas, latas, vasilhas, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água, nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpe todos os recipientes que podem acumular água no redor do domicílio ou, em caso de impossibilidade, coloque os recipientes de forma invertida ou perfurada, ou mude-os para dentro da casa e evite a acumulação da água; 3. Jarras e vasos para flores ou plantas devem ser lavados pelo menos uma vez por semana, sendo também necessário mudar a água que contêm; evite utilizar bases de vasos, e, caso seja inevitável o seu uso, evite a acumulação de água; remova a água na base do frigorífico de modelos antigos, e limpe-a uma vez por semana; evite a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evite colocar pneus abandonados ao ar livre ou utilize-os como instalação contra-choque; caso seja necessário, faça neles furos para evitar a acumulação da água; 5. Depósitos de água nos terraços dos prédios devem ser bem tapados e limpos periodicamente; poços devem ser cobertos com a respectiva tampa; evite depositar água nos baldes e tinas; caso seja necessário, cubra-os bem com tampas e limpe-os, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilize cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Todos os esgotos devem ser ligados à rede pública de esgotos; deve limpar periodicamente as condutas de esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evite a fuga de água nas mangueiras de incêndio e noutros esgotos; 9. Nos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos, deve-se possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito; 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou determinados espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não pode utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, deve, periodicamente, aplicar larvacida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.)