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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador 1.º Trimestre de 2011


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2011, mostrados nos questionários entregues pelas empresas de Macau em Abril de 2011, a duração média mensal da carteira de encomendas detidas pelos industriais inquiridos era de 2,36 meses, representando um decréscimo em relação ao trimestre anterior (3,19 meses) e ao período homólogo do ano transacto (2,49 meses). A carteira de encomendas detidas pelo sector de "Vestuário e Confecção" era de 2,97 meses e a de "Outros Sectores", 1,79 meses. Em relação aos mercados de destino, conforme o índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que, o Interior da China, os EUA, outros países da Ásia-Pacífico e países da União Europeia são, relativamente, os mercados de destino que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau; porém, a situação das encomendas do Japão passa a ser menos positiva. No contexto das perspectivas de exportações nos próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma situação positiva subiu de 38,4% no trimestre anterior, para 46,8% neste trimestre (com uma subida de 8,4 pontos percentuais). Destas, 8,6% das empresas inquiridas previam um forte aumento e 38,2% previam um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável subiu ligeiramente de 26,4% no trimestre anterior para 26,9% neste trimestre, subindo 0,5 pontos percentuais. Quando comparado com o verificado no mesmo período de 2010 (23,4%), verificou-se um acréscimo de 3,5 pontos percentuais, das quais, 7,5% apontam para um ligeiro decréscimo e 19,4% para um forte declínio. Quanto às empresas que prevêem "Estagnação", estas decresceram ligeiramente de 34,9% no trimestre anterior para 26,1% neste trimestre. Estes dados traduzem que a confiança das empresas em relação às exportações futuras aumentou.
O que se refere à demanda por mão-de-obra, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores no Sector Industrial Exportador diminuiu continuamente, descendo 13,4% e 21,3% face ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2010, respectivamente. Destas empresas, 63,3% declararam ter insuficiência de trabalhadores, sendo um nível superior aos 53,8% e 51,8% verificados no trimestre anterior e no período homólogo de 2010, respectivamente, o que revela uma grande demanda por pessoal; destacando-se a indústria de "Vestuário e Confecção", com 69,2% das empresas inquiridas deste mesmo sector de actividades, muito superior aos 54,8% do trimestre anterior e aos 50,4% verificados no período homólogo do ano passado. Segundo os resultados do Inquérito, as actividades exportadoras do 1.º trimestre de 2011, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar os problemas de "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" foram de 78,6% e 73,7%, respectivamente, e as que enfrentaram os problemas como "Insuficiência de Trabalhadores", "Salários Elevados" e "Insuficiente Volume de Encomendas" foram de 64,9%, 50,4% e 25,1%, respectivamente. Além disso, das informações obtidas, 5,6% das empresas consideraram que não existem preocupações. De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 41,9% das empresas inquiridas apontam o problema de "Insuficiência de Trabalhadores" como o mais importante, enquanto que 23,8% apontam para "Preços Elevados das Matérias-Primas" e 13,1% para "Insuficiente Volume de Encomendas". Para os próximos três meses, as principais preocupações dos industriais inquiridos centram-se nos "Preços Elevados das Matérias-Primas" (85,3%), "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" (63,5%) e "Insuficiência de Trabalhadores" (56%).