Há a possibilidade dos barcos de pesca trazerem para Macau ao ancorarem no período de defeso, de outros territórios, vários tipos de mosquitos portadores de vírus e doenças em propagação, na sequência de eventuais viagens de longo curso. A fim de proceder a uma avaliação quanto à quantidade e situação da fonte de proliferação de mosquitos, os Serviços de Saúde realizaram, entre 30 de Maio e 3 de Junho, uma pesquisa sobre a proliferação de mosquitos aos barcos que ancoram no porto interior. De acordo com o resultado desta pesquisa, o índice que evidencia a possibilidade de propagação da febre de dengue nos barcos de pesca, no período de defeso, situa-se num nível de baixo risco. O primeiro índice, o Índice Bretaeu, é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, para um determinado número de barcos de pesca de pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre de dengue. Conforme os resultados da presente pesquisa, o índice Bretaeu é de 2.9. O segundo, o Índice de Habitação, é o número de barcos de pesca que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) barcos de pesca, sendo 2.9% o valor desta pesquisa. E o terceiro, o Índice de Recipiente, indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) recipientes com água, sendo 0.4% o valor desta pesquisa. Finalmente, sintetizando os três índices acima referidos, o índice da possibilidade de propagação da febre de dengue nos barcos de pesca no período de defeso em Macau situa-se num nível de baixo risco.
Salienta-se que Macau está na época de alto risco de disseminação da Febre de Dengue. Embora, através desta pesquisa, os três índices que revelam a propagação da febre de dengue nos barcos de pesca se situe num nível de baixo risco, os Serviços de Saúde ainda apelam aos pescadores para reforçarem o trabalho de eliminação da fonte de proliferação de mosquitos nos barcos, evitando a propagação de doenças por vectores de mosquitos. Por outro lado, os cidadãos também não devem abrandar no trabalho de eliminação da fonte de proliferação de mosquitos no interior e exterior das casas. A par disso, quando viajarem ou trabalharem no exterior, devem adoptar medidas para evitar a picada de mosquitos; se, depois do seu regresso a Macau, aparecerem sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de poderem provocar a propagação da doença.