Os casos de infecção colectiva por enterovírus recaem nas seguintes entidades: no ensino pré-escolar da Creche Centro Infantil de Santo António, sita na Avenida da Praia Grande, com 3 crianças infectadas, na turma C1B da Creche Fai Chi Kei, sita na Rua da Doca Seca-Bairro Social de Fai Chi Kei, com 6 crianças infectadas, na turma A1 e turma C3 da Creche Cáritas, sita na Rua Marginal do Canal das Hortas, com 4 crianças infectadas e nas turmas "Cheong B" e "Siu A" da Creche Ton Sin Tong (1), sita na Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, com 4 crianças infectadas. Todas as crianças infectadas manifestaram sintomas ligeiros e foram submetidas a tratamento por entidades médicas, não necessitando nenhuma delas de ser hospitalizada, não tendo havido nenhum caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou graves complicações. Os Serviços de Saúde já procederam à recolha de amostras das crianças doentes para análises laboratoriais e as 4 creches em causa já tomaram as medidas de controlo e infecção, tais como, limpeza e desinfecção em geral.
Hoje (dia 09 de Junho) os resultados das análises efectuadas comprovam que o caso de infecção colectiva ocorrido na Creche Fai Chi Kei foi causado pelo enterovírus 71, não constituindo o mesmo, todavia, causa dos casos verificados na Creche Centro Infantil de Santo António. Por sua vez, as amostras recolhidas na Creche Cáritas e na Creche Ton Sin Tong (1) ainda se encontram na fase de análise laboratorial. Os Serviços de Saúde já solicitaram e deram orientações às creches para reforçarem as medidas de controlo de infecção, tais como, limpeza e desinfecção, e ordenaram à turma C1B da Creche Fai Chi Kei, para suspender provisoriamente as aulas e proceder à limpeza e desinfecção gerais do ambiente, com vista a prevenir a eventual infecção mútua entre crianças. Na Creche "Mong-Há" onde, ultimamente, ocorreu a infecção colectiva por enterovírus EV71, foram retomadas as aulas no dia 9 de Junho. Até ao presente momento, os Serviços de Saúde registaram um número acumulado de 3 casos de infecção colectiva pelo enterovírus EV71. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar com atenção o desenvolvimento da infecção pelo enterovírus, sublinhando que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar automaticamente, contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais.
Macau, nesta altura do ano, já entrou no pico da estação epidémica de enterovírus, motivo pelo qual os Serviços de Saúde apelam aos pais, alunos e pessoal das instituições educativas e lares para tomarem as medidas preventivas contra a infecção pelo enterovírus, tais como, de saúde e higiene pessoal, na escola e no lar. Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, o indivíduo deve recorrer, imediatamente, à consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves. Os estabelecimentos de ensino ou os lares devem prestar atenção ao aparecimento da doença dos elementos do pessoal e das crianças, ou seja, os doentes devem suspender a ida aos estabelecimentos de ensino e aos lares, e em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal, devem comunicar, imediatamente, ao Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Telefone n.o: 2853 3525, fax: 2853 3524), ao Instituto de Acção Social ou à Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.