Com a aproximação da Festividade do Barco do Dragão e com o intuito de garantir a segurança alimentar dos consumidores, os Serviços de Saúde colaboraram com o Conselho de Consumidores na análise aleatória, em termos microbiológicos e químicos, de 30 amostras de bolos de arroz existentes no mercado. O resultado da análise microbiológica revelou que todas estas amostras se encontravam em condições. Segundo o resultado da análise química, 1 (3.3 %) dos bolos de arroz examinados evidenciou reacção positiva ao borace, tendo sido o mesmo vendido por um vendedor ambulante na Rua da Emenda. A autoridade sanitária de imediato solicitou ao estabelecimento em causa para cessar a venda destes bolos de arroz e parar de usar o borace como aditivo alimentar. Em simultâneo, o caso foi comunicado aos Serviços competentes para o devido seguimento.
Nos procedimentos tradicionais de fabrico de bolos de arroz, o borace é utilizado como conservante e intensificador do sabor dos mesmos. No entanto, o borace possui efeito de acumulação no organismo humano e a ingestão excessiva de borace pode provocar, entre outras situações, perda de apetite, diarreia e vómitos e, em pessoas com intoxicação aguda, pode originar sintomas como distúrbio do aparelho circulatório, choque, coma etc.. Como o borace é de alta toxicidade para a saúde, muitos países do mundo já proibiram o seu uso como aditivo alimentar. Face a isto, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos e ao respectivo sector de actividade que não usem borace no fabrico de bolos de arroz, e, em caso de necessidade, façam a sua substituição por fosfatos por serem mais seguros, bem como o seu efeito ser satisfatório nos alimentos.
A par disso, os Serviços de Saúde e o Conselho de Consumidores sugerem que os cidadãos devem adquirir os produtos de festejo em estabelecimentos ou lojas de venda a retalho licenciadas e conceituadas, não devendo adquirir bolos de arroz com embalagens inadequadas ou com folhas muito verdes. Após a compra, se os mesmos não forem ingeridos de imediato, devem ser conservados em ambientes com temperatura igual ou inferior a 5ºC. Antes do consumo, estes bolos devem ser bem reaquecidos, geralmente, é necessário mantê-los em água fervida durante quinze minutos, permitindo-lhes atingir a temperatura de 75ºC no interior. Dado que os bolos de arroz são difíceis para a digestão e a sua composição tem elevada quantidade de colesterol, gordura e energia, o seu consumo excessivo não é adequado, especialmente, para os idosos e doentes portadores de doenças crónicas.