O porta-voz do governo, Alexis Tam, disse, hoje (31 de Maio), que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) está altamente atento ao caso que envolve produtos contaminados com o composto químico Bis ftalato, em Taiwan, afirmando que o Grupo de Coordenação para a Segurança Alimentar já iniciou uma série de trabalhos de inspecção e análises. Revelou que, até o momento, não foi detectada a importação ou venda em Macau de alimentos ou bebidas contaminadas. Sublinhou que o governo vai continuar com os respectivos trabalhos, no sentido de garantir a saúde da população. O Gabinete do Porta-voz do Governo e os serviços que compõem o Grupo de Coordenação para a Segurança Alimentar, realizaram, esta tarde, uma conferência de imprensa sobre o caso que envolve a contaminação de produtos pelo composto químico Bis ftalato, que contou com a presença do porta-voz do Governo, Alexis Tam, presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Lei Wai Nong, director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, subdirector dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip e do presidente do Conselho de Consumidores, Wong Hon Neng. Segundo Lei Wai Nong, depois de detectado o caso de contaminação alimentar em Taiwan, o IACM, com a DSE, procedeu de imediato à inspecção a bebidas empacotadas e fabricadas em Taiwan à venda no mercado local, no entanto, não foi ainda detectado qualquer produto com problemas. Por sua vez, Tai Kin Ip afirmou que depois de recebida a informação, a DSE enviou imediatamente fiscais para procederem à inspecção de produtos, adiantando que não foram encontrados à venda no mercado local qualquer um dos 505 tipos de produtos dos lotes contaminados. Contudo, para salvaguarda, a DSE exigiu ao importador a recolha de dois tipos de bebida cujos nomes são idênticos aos dos produtos contaminados, mas que pertencem a um outro lote, até que o importador consiga garantir que as referidas bebidas são seguras. Entretanto, o subdirector dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, disse que terem sido já efectuados testes de Bis ftalato a medicamentos provenientes de Taiwan, tendo-se verificado que um dos medicamentos para o estômago apresenta uma substância semelhante ao aditivo Bis ftalato (DIBT), tendo os Serviços de Saúde emitido ordens ao importador, farmácias e drogarias para recolha do mesmo. Lei Chin Ion afirmou que, apesar de Macau importar substância glicosada para uso medicinal proveniente de Taiwan, nenhum hospital ou clínica utiliza-a para fabricação de medicamentos. Revelou que, actualmente existem 1600 tipos de medicamentos de Taiwam à venda em Macau, mas garantiu que os Serviços de Saúde vão proceder a uma inspecção rigorosa aos medicamentos em questão. Na mesma ocasião, Wong Hon Neng, disse que sendo o Conselho de Consumidores membro da Organização Internacional do Consumidor, entrou de imediato em contacto com a entidade homóloga de Taiwan para solicitar informação actualizada sobre o assunto. Entretanto, a DSE também está atenta à provável presença do aditivo Bis ftalato em bebidas para além das empacotadas, pelo que fez hoje uma inspecção a produtos em lojas e cafés de venda de bebidas de Taiwan, prevendo-se resultados dentro de dois a três dias, os quais serão anunciados ao público atempadamente. O Conselho de Consumidores, por sua vez, também exigiu às lojas de venda de bebidas de Taiwan para apresentarem comprovativos de segurança e das fontes de importação. Além disso, o grupo técnico do Grupo de Coordenação para a Segurança Alimentar vai realizar inspecções e testes a cinco categorias de produtos, designadamente bebidas energéticas, sumos, chás, doces/xaropes/gelatinas e suplementos em pó e tabletes.