Os diversos serviços do Governo da RAEM continuam a monitorizar a situação em Fukushima, Japão, e o seu impacto em Macau. Até à tarde de hoje (29 de Março), nenhuma situação anormal foi detectada nas inspecções de ar, água potável, produtos alimentares e outros produtos importados do Japão. De acordo com uma nota divulgada no dia 28 de Março pelo Comité de Coordenação Nacional para as Emergências Nucleares da China, material radiactivo de nível extremamente baixo foi detectado no ar em algumas regiões litorais do sudeste do País, em consequência da dispersão de material radiactivo emitido no incidente nuclear do Japão. Visto que o valor de material radiactivo verificado é menor que 1/100 000 da radiação de fundo natural, não existe impacto para o meio ambiente e para a saúde humana, não sendo, assim, necessária qualquer medida de prevenção e protecção. De acordo com os registos de raios “Gamma” obtidos nas últimas 24 horas (das 16:01 horas de 28 de Março às 16:00 horas de 29 de Março), na Estação de Taipa Grande da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a dose absorvida por minuto de raios “Gamma” foi entre 0,1187 μGy/h a 0,1309 μGy/h, valores que estão muito abaixo do nível de alerta de 0,35μGy/h. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, a Capitania dos Portos e a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) efectuam monitorizações dos níveis de radiação da água potável nas redes de abastecimento de água, aumentando, ao mesmo tempo, a frequência com que retiram amostras de água para análise. Até ao momento, nenhuma situação anormal foi verificada. De acordo com o resultado da análise de amostras de água recolhidas no dia 28 de Março em 11 pontos das zonas costeiras de Macau pelos Serviços de Saúde, a qualidade da água nas áreas marítimas circundantes do Território não está contaminada com radiação. Apesar de Macau e da Central Nuclear de Fukushima no Japão estarem separadas por mais de 3000 km e a possibilidade da água de Macau estar contaminada ser extremamente reduzida, para eliminar as preocupações do público, os Serviços de Saúde vão divulgar regularmente, à segunda-feira e quinta-feira, os resultados das análise sobre a contaminação radioactiva nas áreas marítimas circundantes de Macau. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e os Serviços de Alfândega têm vindo a efectuar inspecções e testes a produtos alimentares vivos importados do Japão e até ao momento, nenhuma situação anormal foi verificada. Conforme os dados fornecidos pelos serviços, de 25 de Março a 28 de Março, foram inspeccionados e testados 17 grupos de produtos importados do Japão, que entraram em Macau via aeroporto e Porto Interior, totalizando 5321 toneladas, incluindo vegetais, frutas, carnes, mariscos e outros produtos, provenientes de Hokkaido, Districto Fukuoka de Kyushu, Districto Aomori de Honshu, Districto Kochi de Shikoku e demais districtos do Japão. Desde o dia 23 de Março, o Governo da RAEM decidiu suspender a importação de produtos alimentares dos cinco distritos (Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Fukushima) afectados pela fuga de radiação na central nuclear de Fukushima. Desde o dia 15 de Março, os Serviços de Saúde, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, prestam no posto de exame médico instalado no aeroporto, um serviço de exame médico de radioactividade às pessoas que dele necessitam. Até às 12h00 de hoje (29 de Março), chegaram do Japão 1306 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes provenientes de 21 voos, das quais 379 pessoas submeteram-se voluntariamente a exame médico de radioactividade, com resultados normais. O Governo da RAEM continua a acompanhar de perto o impacto de radiação causado pelo incidente do Japão, fortalecendo a coordenação e cooperação interdepartamentais, ao mesmo tempo que preparam todas as medidas necessárias para assegurar a segurança e a saúde dos residentes de Macau.