Tendo em conta a subida contínua da inflação em Macau, o Chefe do Executivo manda, por despacho, criar um grupo de trabalho interdepartamental para os preços dos produtos alimentares que tem por objectivo proceder, de forma efectiva, a uma pesquisa e um estudo mais aprofundado relativamente aos produtos alimentares essenciais, nomeadamente no que respeitante aos problemas que poderão ser surgidos ao longo de todo o processo envolvido, tais como, a importação, as actividades por grosso e a retalho dos mesmos, apresentando sugestões que visam combater e tratar dos eventuais práticas ilícitas, situações relacionadas com a fixação irrazoável dos preços e a venda desonesta, entre outros, procurando, desta forma, estabilizar os preços dos alimentos em Macau. Segundo os últimos dados publicados pela Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos sobre o Índice de Preços no Consumidor (IPC), o IPC geral de Maio do corrente ano atingiu 116,85, enquanto que o IPC geral dos 12 meses terminados no mês de referência cresceu 6,4%, em relação ao período imediatamente anterior, continuando a situar-se num nível muito elevado. O referido índice tem sido afectado principalmente pelos preços dos alimentos e das refeições fora da casa, tendo estes dois elementos ocupado a metade da proporção (49.86%) da subida do IPC. A subida contínua dos preços dos produtos alimentares é uma questão que merece ser alvo da atenção por ter muito a ver com a vida quotidiana dos trabalhadores comuns. Conforme as recentes observações, os preços de retalho dos principais alimentos frescos e vivos das regiões adjacentes tendem a ser estáveis e os de certos alimentos começam a descer. Além disso, o aumento da taxa de câmbio de Renminbi passa a ser lento, desde o início do corrente ano. Porém, os preços dos principais alimentos frescos e vivos de Macau continuam a subir. Neste caso, o Chefe do Executivo manda, por despacho, criar um grupo de trabalho interdepartamental para os preços dos produtos alimentares, dirigido pela Direcção dos Serviços de Economia e composto pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e pelo Conselho de Consumidores, para proceder, de forma mais específica, a uma profunda investigação e estudo sobre todo o processo de importação e venda por grosso e a retalho dos principais alimentos e sugerir propostas, a fim de combater e tratar das prováveis práticas ilícitas e injustas, designadamente os possíveis problemas de aumento de preços, insuficiência de pesos, monopolização do mercado, ambiguidade em marcação de unidade de pesos, procurando assim estabilizar os preços dos alimentos em Macau.
