
O destino do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior mereceu atenção da sociedade durante o processo da segunda fase de auscultação pública do Plano Director das Novas Zonas Urbanas realizado no ano passado. De entre os 232 artigos de opiniões, não só existem opiniões favoráveis à sua manutenção como também as que propõem a sua transferência, para além de posições neutras, sendo predominantes as opiniões propensas à sua manutenção. Como resultado da análise sintética, o Grupo de Trabalho para o Planeamento Urbanísticos dos Novos Aterros propõe preliminarmente a adopção do Anteprojecto II, i.e. continuar a manter o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior. Tendo em conta que o futuro desenvolvimento do Terminal está sujeito a vários factores, nomeadamente a Mega Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, Nova Zona Urbana A, 4.ª passagem entre Macau e Taipa e estrutura de proveniência dos visitantes. A eventual transferência ou não do Terminal tem a ver com o desenvolvimento sustentável de Macau e afecta grande e estruturalmente a Cidade. Face às sugestões da sociedade, o Grupo de Trabalho propôs dois grupos de anteprojectos durante a segunda fase de auscultação pública do Plano Director das Novas Zonas Urbanas, apresentando dois rumos de planeamento completamente diferente no que se refere à transferência do Terminal e à manutenção da sua localização, para servir de base para abordagem e reflexão em conjunto com os sectores sociais. Este tópico mereceu uma discussão entusiasta pelos sectores sociais e durante o período de dois meses de auscultação foram recolhidas mais de 3000 artigos de opiniões, dos quais 232 têm a ver com o destino do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior, ocupando o terceiro lugar, em termos da quantidade, a seguir aos tópicos de transporte e instalações públicas. Contam-se 132 artigos de opiniões favoráveis à manutenção do Terminal Marítimo. Facto este que se justifica principalmente pelo facto de a Península de Macau ser o centro político, económico e de actividades culturais da RAEM que abriga cerca 15 mil pequenas e médias empresas, concentrando-se a maioria esmagadora na Península de Macau e cerca de 85,2% dos habitantes vivem na Península. Isto mostra que o turismo, os negócios, as deslocações ao exterior e as diversas actividades de vida quotidiana ocorrem principalmente na Península de Macau. Assim sendo, a eventual transferência do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior irá causar inconvenientes para a vida quotidiana da população. Tanto as opiniões relativas à transferência como as neutras são expressas em 50 artigos. As opiniões defensoras da transferência consideram que a transferência do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior poderá reduzir tráfego, formando um novo centro modal de transportes. Por outro lado, há opiniões de que, mesmo que ocorra a transferência do terminal marítimo, a Península de Macau deve ter ainda um terminal marítimo. Ademais, as opiniões neutras entendem que a transferência do Terminal Marítimo do Porto Exterior não é uma questão a discutir para já. A transferência ou não transferência tem as suas vantagens e desvantagens, pelo que chamam atenção para ponderar de forma abrangente os factores económico, social e de trânsito no sentido de efectuar um planeamento de visão de longo prazo e de forma científica. Grupo de Trabalho para o Planeamento Urbanístico dos Novos Aterros