O Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse, hoje (18 de Junho), relativamente aos terrenos relacionados com os casos de corrupção que envolvem o ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, que o governo da Região Administrativa especial de Macau (RAEM) vai ter em conta a sentença do tribunal e, depois de analisado o acórdão, acompanhar e resolver a questão. Chui Sai On, que esteve presente, esta tarde, na cerimónia de graduação da Universidade de Macau, no final, falou à comunicação social, lembrando que o Tribunal de Última Instância concluiu o julgamento dos casos de corrupção e lavagem de dinheiro que envolvem o ex-secretário Ao Man Long, e procedeu à leitura do respectivo acórdão. Adiantou que o governo iniciou o processo de análise, depois de recebido o referido acórdão, o qual refere claramente que os cinco terrenos, na Avenida Wai Long, cujos direitos de transmissão de concessão, em 2006, foram obtidos por meios de actos ilegais, e, por isso, ele próprio assinou, recentemente, o documento que dá início aos procedimentos administrativos de declaração de invalidade dos referidos direitos de transmissão de concessão. Na mesma ocasião, o Chefe do Executivo referiu ainda, quanto ao desenvolvimento na zona do mangal na Taipa, ter sido já dado despacho ao secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, para proceder à avaliação do impacte ambiental. Caso os resultados apontem que a construção do novo Centro de Informação da Segurança Rodoviária irá prejudicar o ambiente, Chui sai On garantiu que o governo não irá seguir com actos que afectem a zona. Contudo, no que diz respeito ao terreno situado junto ao mangal, actualmente abandonado, o governo já iniciou os devidos procedimentos, salientando que a situação será acompanhada conforme a lei. Entretanto, o mesmo responsável disse que o governo vai reverter as 12 vivendas de dois andares, localizadas entre a Avenida do Coronel Mesquita e a Estrada de Coelho do Amaral, mas acrescentou não haver planos para demolição, estando sob a alçada da Direcção dos Serviços de Finanças, cujos terrenos fazem parte da reserva de terras do governo da RAEM. Sublinhou ainda que o governo vai instruir os serviços competentes para estudarem os trabalhos de preservação e dinamização das construções com valor patrimonial.