Os Serviços de Saúde confirmaram hoje (dia 14 de Junho) mais dois casos de infecção colectiva por enterovírus 71, cujas amostras provêm da turma B da Creche «O Coelhinho» da Associação Geral das Mulheres de Macau, sita na Rua de Nam Keng na Taipa, e do Centro de Transporte de Crianças em Idade Escolar Pui Chan (Si Iao), sito na Avenida do General Castelo Branco, com 4 e 3 crianças infectadas, respectivamente, que apresentaram sintomas da Doença de Mãos, Pés e Boca, tendo todas elas recorrido a entidades médicas para tratamento. A situação clínica das crianças infectadas é ligeira e as mesmas não necessitaram de internamento hospitalar, não havendo outras complicações. Actualmente, recolheram-se 5 amostras, das quais, 3 foram confirmadas como infecção por enterovírus 71. Consequentemente, os Serviços de Saúde solicitaram às entidades acima mencionadas para reforçar as medidas de controlo da infecção, como limpeza e desinfecção, e ordenaram ao Centro de Transporte de Crianças em Idade Escolar Pui Chan (Si Iao) para suspender provisoriamente as aulas, com vista a impedir a propagação da doença entre as crianças, bem como proceder à limpeza e desinfecção em geral. Por outro lado, os Serviços de Saúde foram notificados de mais um caso de infecção colectiva por enterovírus que recaiu na turma 2A da Creche Kao Yip, sita na Rua do Monte, com 3 crianças infectadas que apresentaram sintomas da Doença de Mãos, Pés e Boca. Uma delas necessitou de internamento hospitalar por ter tido úlceras orais e não ter conseguido alimentar-se, contudo, teve alta depois de tratamento. As restantes crianças encontram-se em situação clínica ligeira e não necessitam de internamento hospitalar, não havendo qualquer caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou outras graves complicações. Entretanto, os Serviços de Saúde procedem à recolha de amostras das crianças infectadas para análise laboratorial e o estabelecimento em causa já tomou as medidas de controlo da infecção, tais como, limpeza e desinfecção em geral. Macau encontra-se no período de pico de infecção por enterovírus, pelo que estes Serviços continuam a acompanhar atentamente o desenvolvimento de enterovírus. Até ao momento, os Serviços não foram notificados de novo caso grave de enterovírus. Os Serviços de Saúde salientam que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar automaticamente, contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços apelam aos pais, alunos e escolas, bem como ao pessoal dos lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas, a fim de evitar a infecção de enterovírus: Medidas pessoais: Lavar as mãos: Antes de contactar a boca, o nariz e os olhos com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos; Cortesia: Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir e espirrar, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas; Diminuir os contactos: Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados; Aumentar a resistência: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar para aumentar a imunidade; Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, recorrer imediatamente a consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves. Medidas a aplicar pelos estabelecimentos de ensino ou lares : Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro, etc.; Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas e ao trabalho; Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças e os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.