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Resultado da pesquisa sobre a fonte de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, no período de defeso, divulgado pelos Serviços de Saúde em 2012


Com vista a proceder a uma avaliação quanto à quantidade e situação da fonte de proliferação de mosquitos, os Serviços de Saúde realizaram, entre 28 de Maio e 1 de Junho, uma pesquisa sobre a mesma nos barcos de pesca, no período de defeso do corrente ano. De acordo com o resultado desta pesquisa, os três índices que evidenciam a possibilidade de propagação da febre de dengue encontraram um aumento significativo, quando comparados com período idêntico do ano transacto, razão pela qual os Serviços de Saúde apelam aos pescadores que devem reforçar o trabalho relativo à eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca. Há a possibilidade dos barcos de pesca trazerem para Macau, de outros territórios, os vários tipos de mosquitos portadores de vírus, na sequência de eventuais viagens de longo curso. Consequentemente, os Serviços de Saúde, a partir do ano 2002, em conjunto com a Capitania dos Portos e a Associação de Ajuda Mútua dos Pescadores têm procedido, anualmente, no período de defeso, à pesquisa da fonte de proliferação de vectores nos barcos que ancoram no porto interior e à divulgação de conhecimentos sobre a prevenção de mosquitos e de febre de dengue, a fim de que os pescadores possam conhecer melhor a fonte de proliferação de mosquitos, os quais podem ser transmissores da febre de dengue no seu barco. Entre 28 de Maio e 1 de Junho do corrente ano, os Serviços de Saúde novamente procederam à pesquisa da fonte de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca por ocasião do período de defeso. A presente investigação, também teve como objectivo principal medir os três indicadores que mostram a possibilidade de propagação da Febre de Dengue, nomeadamente, o Índice de Habitação, o Índice Bretaeu e o Índice de Recipiente. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram apoio aos pescadores quanto à identificação da fonte de reprodução de mosquitos e à sua eliminação, no sentido de se atingir o objectivo de prevenção da infecção pelos mosquitos. O Índice Bretaeu é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, para um determinado número de barcos de pesca de pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre de dengue. Conforme os resultados da presente pesquisa, o índice Bretaeu é de 7,8. O Índice de Habitação é o número de barcos de pesca que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) barcos de pesca, sendo 5,6% o valor desta pesquisa. O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) recipientes com água, sendo 0,8% o valor desta pesquisa. Os três índices mostrados nesta pesquisa que evidenciam a possibilidade de propagação da febre de dengue encontraram um aumento significativo. Relativamente ao tipo de recipientes nos barcos, segundo a pesquisa, verificou-se que os baldes, os condutos de esgotos, as tinas e os pneus são as fontes de proliferação de mosquitos mais frequentes nos barcos, ou seja, os baldes, os condutos de esgotos, as tinas representaram 71,4% dos reservatórios de vigilância de larvas, bem como, os pneus representaram 28,6% dos reservatórios de vigilância de larvas.
É de salientar que os mosquitos "Aedes Albopictus" que podem transmitir a Febre de Dengue, encontram-se com frequência em Macau e sendo esta uma cidade turística, existe diariamente uma população flutuante considerável. Macau, se não estiver bem preparada, com a ocorrência de casos importados de febre de dengue, corre o risco de um eventual surto. Actualmente, Macau está na época de alto risco de disseminação da Febre de Dengue. Os três índices indicados nesta pesquisa que evidenciam a possibilidade de propagação da febre de dengue encontraram um aumento significativo, significando que os pescadores abrandaram o trabalho de eliminação sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos pescadores que devem reforçar o trabalho de eliminação sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, nomeadamente, a limpeza de recipientes com água, tais como, os baldes, os condutos de esgotos, as tinas e os pneus, com vista a prevenir a disseminação de doenças pelo vector em apreço. A par disso, os cidadãos também não devem abrandar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos no interior e exterior das casas; quando viajarem ou pescarem, devem adoptar medidas para evitar a picada de mosquitos; se, depois do seu regresso a Macau, aparecerem sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de poderem provocar a propagação da doença.