O XXIII Festival de Artes de Macau, após um mês de espectáculos, chega ao final este Sábado, dia 2 de Junho. Nesta última semana, o público pode ainda apreciar a peça de teatro O Reino do Desejo, pela companhia local Teatro de Lavradores, e o bailado Mozart Dances, apresentado pelo Mark Morris Dance Group. O Reino do Desejo sobe ao Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau no dia 30 e 31 de Maio, Quinta-feira, pelas 20:00 horas, encenada por Benjamin Wong da companhia Teatro de Lavradores. Nesta peça, adaptada da conhecida obra Le Dieu de Carnage da dramaturga francesa Yasmina Reza, dois casais sem qualquer relação – um advogado e uma dona de casa com uma vida boa e feliz, e um homem de negócios e uma escritora com uma existência poética e agradável – envolvem-se numa série de discussões quando os seus filhos adolescentes entram em colisão por causa de um incidente sem importância, que eventualmente envolve as duas famílias, e provoca uma avalanche de disputas entre os maridos e as mulheres.
O Teatro de Lavradores estabeleceu-se em 2000, como a primeira companhia profissional de teatro de Macau. Desde então, a companhia tem-se dedicado à profissionalização de actores do território, à encenação e adaptação de peças internacionais de qualidade reconhecida e à promoção das artes dramáticas junto da população, sobretudo dos mais jovens. A companhia americana Mark Morris Dance Group apresenta Mozart Dances no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau nos dias 1 e 2 de Junho, Sexta-feira e Sábado, pelas 20:00 horas. Inspirados na música de Mozart, estes ballets de Mark Morris desenrolam-se num espaço rítmico forjado pela intensidade e pela dinâmica de cada movimento, criando uma espécie de equilíbrio precário entre a linha musical e a coreografia. As peças Eleven e Double são coreografadas para dois concertos para piano de Mozart – N.º 11 em Fá Maior e N.º 27 em Si-bemol Maior – e dançadas tendo como pano de fundo imagens da obra do pintor Howard Hodgkin. Em Grand Duo, a linguagem corporal tribal de Morris celebra a ânsia pela vida.
Formado em 1980 por Mark Morris, o Mark Morris Dance Group deu o seu primeiro espectáculo no mesmo ano e começou a receber convites para actuar nos EUA e na Europa. Em 1988, o grupo foi convidado a tornar-se na companhia nacional de dança da Bélgica, onde permaneceu durante três anos, no Théâtre Royal de la Monnaie em Bruxelas. O Grupo tornou-se uma das principais companhias do mundo, actuando nos principais festivais internacionais. A companhia está actualmente sediada em Brooklyn, Nova Iorque, onde, em 2011, abriu o Centro de Dança Mark Morris, que serve não apenas de sede da companhia mas também como local de ensaios para a comunidade de dança, para programas de apoio às crianças mais desfavorecidas e ainda como escola de dança. Os bilhetes encontram-se à venda, em número limitado, na rede Kong Seng e a sua reserva telefónica pode fazer-se através do tel. N.º 2855 5555. Para mais informações, é favor consultar o sítio web do FAM: www.icm.gov.mo/fam.