
O Instituto Cultural do Governo da R.A.E.M. promove, entre os dias 1 de Maio e 2 de Junho de 2012, o XXIII Festival de Artes de Macau (FAM). Com 128 actuações e 33 programas de 8 países diferentes, incluindo Portugal, Espanha, Reino Unido, França, Itália, EUA, Argentina e Interior da China, esta edição do FAM é marcada pela diversidade. Numa aposta clara no talento e na produção locais, mais de metade dos eventos programados este ano contam com a participação de artistas e grupos locais, que reflectem o panorama das artes do espectáculo do território, enquanto no flanco internacional o Festival volta a afirmar-se como cenário primordial para a revelação das mais recentes tendências criativas que emergem nos palcos mundiais. O programa do Festival reúne teatro, dança tradicional e moderna, música chinesa e ocidental, multimédia e artes visuais, numa selecção que se estende ainda à Ópera de Pequim e à Ópera Cantonense (Yueju), esta última oficialmente inscrita na Lista do Património Cultural Intangível da Humanidade da UNESCO em 2009. O XXIII FAM inaugura com um espectáculo auspicioso: Su Wu da Dinastia Han pelo Teatro National de Ópera de Pequim da China (1/5, Centro Cultural de Macau - Grande Auditório – CCM-GA). A história de Su Wu, caracterizada pela nobreza, integridade e dignidade da sua narrativa, surge em várias obras do repertório de Ópera de Pequim. Nesta versão – encenada pelo dramaturgo Gao Mukun e com a participação do artista da Escola Xi, Zhang Jianguo, como actor principal – reinterpreta um incidente histórico milenar, conferindo-lhe uma vida e perspectiva novas. Esta produção operática está destinada a causar sensação com o seu conteúdo e heroísmo ricos! A mesma companhia mostra também as muitas facetas da Ópera de Pequim no espectáculo Excertos de Ópera (2/5, CCM-GA). Artistas notáveis de Ópera de Pequim demonstram o seu fascínio por esta apreciada forma de arte através de obras universalmente aclamadas do repertório standard. Uma obra-prima do Teatro Nacional de Ópera de Pequim da China, este programa apresenta pontos altos e excertos de quatro das mais famosas óperas de Pequim. A Associação Geral de Ópera Cantonense e Arte Musical de Macau apresenta Ópera Cantonense em Concerto (4/5, CCM-GA), espectáculo para o qual foram convidados actores e actrizes de renome para executar uma selecção de clássicos do repertório, no que constituirá certamente um dos pontos altos do Festival. Uma nova versão da tragédia de amor clássica e comovente Sonho do Pavilhão Vermelho (26~28/5, CCM-GA) está destinada a comover os corações do público! A famosa obra literária serve de base a esta ópera cantonense, a qual reúne uma equipa notável de actores e pessoal da elite da Ópera Cantonense e dos círculos de entretenimento: Connie Chan, Jiang Wenduan e o Teatro de Ópera Cantonese de Guangdong. O trabalho de preparação necessário para apresentar esta "grandiosa produção" raramente vista em Macau, Hong Kong e Guangdong começou há vários anos. A tradição do canto narrativo cantonense naamyam, um veículo típico de relato de acontecimentos históricos, recorda histórias e os tempos idos da casa do Mandarim, através das vozes puras e sem acompanhamento da Associação de Workshops de Arte Experimental Soda-City (26, 27/5, Casa do Mandarim). O espectáculo As Paredes de Zheng Têm Ouvidos inclui bonitas danças clássicas chinesas, projectando sombras surreais de movimento nas paredes que se deslocam pelas paredes da casa, ao som de instrumentos chineses e ocidentais que por sua vez criam novas vozes que ressoam com a arquitectura chinesa e ocidental deste edifício antigo. Este ano, o FAM exibe um número significativo de espectáculos perfeitos para toda a família, mesmo os mais pequenos. O primeiro, O Planeta dos Beetlebuns (4~6/5, Lobby do Teatro Dom Pedro V) apresentado por Gobbledegook (Reino Unido) – é uma nova experiência interactiva para bebés. Elementos interactivos de vídeo alimentados por câmaras em movimento permitem que as imagens digitais sejam activadas pelas crianças em tempo real, permitindo-lhes criar e moldar a obra de arte. Outro regalo para os mais pequenos é O Pequeno Sonho do Pequeno Macaco pela apreciada companhia de teatro infantil de Macau Associação de Artes Pequena Montanha (5, 6/5, Casa do Mandarim). Esta peça de teatro educacional, promotora da interacção familiar e das relações pais-filhos, irá certamente encantar o público na Casa do Mandarim, inscrita na Lista do Património Mundial. Compañia La Zopenca (Argentina) apresenta Colores Primarios (5, 6/5, Auditório do Conservatório de Macao). Esta companhia leva o público numa viagem pela primeira infância, através da metáfora e do teatro de marionetas. O Grupo Infantil de Ópera Cantonense dos Kaifong de Macau surge mais uma vez este ano no cartaz do FAM com a ópera Zhou Yu é Enganado Três Vezes (6/5, Cinema Alegria), uma história popular sobre poder, conspiração e traição com um enredo intenso e intrincado concebido para transportar o público para um mundo de magia e profunda emoção. O Estúdio de Composição Musical Lei Vai Fan apresenta Ode ao Mundo (11, 12/5, Teatro Dom Pedro V), um espectáculo musical multimédia em quatro andamentos que expressa a beleza artística a diversos níveis, sem recorrer ao uso da linguagem. Outro programa familiar é Shi Gandang Luta com o Lobo Faminto, executado pelo mais eminente mestre vivo de sombras chinesas de Shandong, Fan Zheng'an (12, 13/5, Casa do Mandarim). A antiga arte popular das Sombras Chinesas de Shandong, inscrita na Lista do Património Cultural Imaterial da Província de Shandong, há muito que vem sendo uma arte muito apreciada pelo público em geral. Herdeiro representativo do Teatro de Sombras Chinesas de Shandong, Fan Zheng'an é melhor conhecido por ser capaz de actuar, manipular, acompanhar, cantar e narrar em simultaneamente nos seus espectáculos. É actualmente o único marionetista a dominar este extremamente complicado e difícil conjunto de técnicas. O grupo local de teatro ambiental Teatro Areia Preta regressa ao FAM com Tincaplins (19, 20/5, Teatro Dom Pedro V), uma peça que combina teatro físico para crianças – incluindo acrobacia, andas, marionetas e multimédia – com música e movimentos poéticos, criando uma história cheia de emoções e ternura que permite às crianças observarem e aprenderem com os mistérios e a grandiosidade da Natureza. O grupo de teatro infantil britânico Mimika Theatre apresenta Landscapes (19, 20, 26, 27/5, Casa Garden), uma exploração não verbal da atmosfera, movimentos, ritmos e sons em quatro cenários contrastantes do mundo natural: um deserto, uma floresta tropical, um oceano e a Antárctida. Trata-se de teatro de efeitos visuais e transformações verdadeiramente notáveis usando marionetas de grande beleza e projecções digitais e efeitos de luzes e som originais, tudo no interior de uma bonita tenda de calicó. Inspirando-se nas técnicas de palhaçadas de Jacques Lecoq e em Dario Fo, Scarlattine Teatro (Itália) (26, 27/5, Teatro Dom Pedro V) cria uma experiência teatral para toda a família, entretecendo animação, jazz e bolhas numa celebração da vida que atravessas as barreiras da língua e da idade. Manolibera é como as histórias de banda desenhada que os adultos compram para os filhos, mas que escondem para as ler eles mesmos… Os concertos das orquestras locais tornaram-se um evento esperado em cada edição do FAM. A Orquestra Chinesa de Macau, em colaboração com Zhang Hongyan, apelidada "Rainha do Pipa", apresenta um serão encantador de obras-primas tradicionais (6/5, CCM-GA). O executante de erhu Xu Beirui e o intérprete de zhonghu Liu Changfu emprestam as suas técnicas soberbas e deslumbrante virtuosismo a estes clássicos orquestrais. A Orquestra de Macau – em colaboração com a Eminence Symphony Orchestra (ESO), mundialmente conhecida pelas suas gravações e interpretação de partituras de jogos de vídeo e anime – apresenta pela primeira vez em Macau um evento sinfónico único ao vivo intitulado Uma Noite de Fantasia – Música de Jogos de Vídeo e Anime (20/5, CCM-GA). Este concerto de cortar a respiração, coordenado por Hiroaki Yura e a ESO, conta com a direcção do Maestro Philip Chu e a participação da voz reluzente da sensacional soprano Jillian Aversa. O grupo de teatro em patuá Dóci Papiaçám di Macau desenha mais uma das suas fantásticas caricaturas da sociedade local com a estreia de Aqui Tem Diabo! – Crónicas dos Bons Espíritos (11, 12/5, CCM-GA). Desta vez, o assunto é a crença popular local em espíritos, ou almas do outro mundo. Como sempre, o grupo irá divertir o público com uma sátira da Macau contemporânea, aludindo com humor e mordacidade a eventos da actualidade que captaram a atenção da população. Outra companhia local de teatro, Teatro Horizonte, apresenta Uma Boa Pessoa (19, 20/5, Galeria Tap Seac). A obra clássica do dramaturgo alemão Bertold Brecht A Boa Pessoa de Szechuan, da qual esta peça foi adaptada, é altamente inspiradora e especialmente actual numa sociedade predominantemente orientada para o dinheiro. A Associação Teatral Hiu Kok, uma estabelecida companhia profissional de teatro local, leva à cena A Concubina Imperial da Última Dinastia (5/5, Teatro Dom Pedro V), dirigida pelo experimentado encenador Raymond Cheang. A peça baseia-se numa miríade de lendas da história e do folclore chinês. Com conceitos vigorosos e livres, expostos através de técnicas de representação únicas, a peça explora diversos períodos da história da China, evocando o charme artístico do teatro alternativo. Em O Telemóvel do Morto - Uma Peça de Sara Ruhl (26/5, Centro Cultural de Macau – Pequeno Auditório – CCM-PA), o Grupo Juvenil de Teatro de Repertório de Macau explora a verdadeira falta de comunicação interpessoal do estilo de vida moderno. Sarah Ruhl é uma dramaturga americana contemporânea que tem atraído muita atenção nos círculos teatrais. Em mais uma adaptação de um êxito literário recente, a proeminente companhia local Teatro de Lavradores apresenta Reino do Desejo (31/5, CCM-PA), baseada na peça premiada da autora francesa Yasmina Reza. Encenada por Benjamin Wong, esta produção teatral de alta qualidade combina momentos perturbadores de conflito e de sereno prazer! O teatro internacional marca também uma importante presença no FAM. The Monster in the Hall (11~13/5, Armazém do Boi), da companhia britânica Citizens Theatre, é uma farsa musical sobre a assustadora perspectiva da mudança, escrita por um dos mais prolíficos dramaturgos e encenadores escoceses, David Greig, e executada por quatro actores que tocam música ao vivo. Formada em 2008, Me and the Machine (Reino Unido/ Espanha) combina tecnologia audiovisual e interactiva com performance coreografada, textos evocativos e imagens distintivas. O público é convidado a envolver-se performativamente em obras que vão de vídeos que podem usar-se (wearable videos) a instalações de rua e a teatro cara-a-cara. When We Meet Again é um wearable film e uma performance cara-a-cara – uma experiência bizarra e relativa aos sentidos na qual participam o espectador, o seu amigo invisível, uma banda sonora 3D, uma velha e esquecida dança, um oceano e o actor. Um vídeo filmado a partir da perspectiva da primeira pessoa é projectado em óculos de vídeo, substituindo o ponto de vista do espectador pelo de um actor no ecrã. Esta peça é uma reflexão sobre a natureza dos encontros humanos e a função (e des-função) do corpo nos tempos inundados pelos media em que vivemos. Tanto a dança local como a internacional dão uma contribuição substancial para o programa do FAM, começando no dia 4 de Maio com Tom Dale Company do Reino Unido, apresentando I Infinite (4~6/5, Edifício do Antigo Tribunal). O trabalho de TDC arquitecta novas formas de dança, que se encontram entre movimentos toscos, agressivos e viscerais e uma precisão refinada, criando um estilo único e imprevisível. I Infinite é um novo solo concebido para galerias ou espaços "caixa branca". Parte dança abstracta, parte live art e parte instalação de vídeo (sendo esta última a única fonte de luz usada), explora "as fronteiras entre o artificial e o real, o digital e o orgânico". Evolution Dance Theatre (EUA/ Itália) foi fundada em 2008 pelo bailarino e coreógrafo Anthony Heinl, ex-bailarino da companhia Momix. EDT combina dança com acrobacia e tecnologia arte vídeo e efeitos cénicos inovadores, deixando o público deslumbrado. Constituído por uma série de fantásticas vinhetas, FireFly (18, 19/5, CCM-PA) gera quadros únicos de beleza e humor recorrendo a um elenco de bailarinos-acrobatas e ao uso de efeitos técnicos revolucionários. A Companhia Olga Roriz de Portugal, apresenta o ballet Nortada (23/5, CCM-GA), sobre as memórias que a famosa bailarina e coreógrafa portuguesa Olga Roriz tem da sua terra natal, Viana do Castelo. Nortada situa-se num lugar invadido de nostalgia, de saudade, de intimidade. Cada memória feita imagem é carregada de um simbolismo quase inocente como o olhar dessa criança que foi. Na sequência da sua colaboração coroada de êxito em Voando para a Lua, o famoso coreógrafo Ying E Ding e a notável jovem coreógrafa Yang Minjian associam-se mais uma vez, estreando a sua mais recente criação, Canção da Vida (18/5, CCM-GA), executada pela Companhia Juvenil de Dança de Macau. Tanto as peças de grupo como a solo são criadas por coreógrafos locais distintos, mostrando a sofisticação e a técnica dos seus autores, o talento e o poder dos bailarinos locais e o crescimento e maturidade da cultura da dança em Macau. O espectáculo que encerra esta 23ª edição do FAM é Mozart Dances, pela companhia americana Mark Morris Dance Group (1, 2/6, CCM-GA), uma das principais companhias de dança do mundo. Inspiradas na música, as criações de Mark Morris desenrolam-se num espaço rítmico forjado pela intensidade e pela dinâmica de cada movimento, criando uma espécie de equilíbrio precário entre a linha musical e a coreografia. Mais artes do espectáculo preenchem o cartaz do FAM. Uma vasta Mostra de Espectáculos ao Ar Livre anima o norte da cidade entre os dias 11 e 13 de Maio, no Jardim Iao Hon, na zona norte de Macau. Artistas internacionais e da China correm nesta maratona de produções menos mainstream, incluindo Evolution Dance Theatre (EUA/ Itália), Clube Fringe de Macau, Associação de Artes Pequena Montanha, Sérgio Rolo, Sombras Chinesas de Shandong por Fan Zheng'an e Teatro Tradicional de Shandong. O FAM inclui ainda três exposições de arte. A Exposição Anual de Artes Visuais de Macau 2012 (19/5~5/8, Antigo Edifício do Tribunal), através da qual o Instituto Cultural encoraja os artistas de Macau a reflectirem sobre a cidade e as artes, assim como sobre as suas técnicas criativas, espelhando os trabalhos que melhor reflectem o panorama das artes visuais locais; a exposição "Rota Marítima da Porcelana" – Relíquias dos Museus de Guangdong, Hong Kong e Macau (26/5~7/10, Museu de Macau) mostra o papel crítico que a porcelana chinesa desempenhou no estabelecimento das rotas de comércio marítimo que se tornaram conhecidas por "Rota Marítima da Porcelana". Sob a influência da porcelana chinesa, outras nações tanto no Oriente como no Ocidente desenvolveram gradualmente as suas próprias indústrias da porcelana. O FAM inclui ainda a exposição "O Mundo da Fantasia" – Obras de David Wolle (27/5~5/8, Galeria Tap Seac), apresentada em colaboração com o Festival Le French May. As obras de David Wolle deixam claro que uma pintura não é um objecto no qual temos que reconhecer obrigatoriamente a realidade, mas antes uma ferramenta para aprender o que a ela nos une, mostrando como o artista consegue delinear um símbolo compreensível em relação ao pensamento verbal. O programa diverso do FAM inclui ainda uma instalação cinética interactiva ao vivo intitulada Congregation (23~31/5, Praça do Tap Seac) por KMA, resultante de uma colaboração entre os artistas britânicos Kit Monkman e Tom Wexler. Congregation é o primeiro ballet alguma vez concebido, coreografado e composto inteiramente para transeuntes; os participantes respondem meramente à coreografia de luz e som através de um discurso corporizado e não-verbal. Serão também promovidos workshops e conversas pré- e pós-espectáculos de apoio aos eventos, com o objectivo de estimular o interesse da população pelas artes. Como já vem acontecendo em edições anteriores do FAM, será permitido o acesso do público aos ensaios de alguns dos espectáculos. A Direcção dos Serviços de Turismo apoia amavelmente a promoção do XXIII Festival de Artes de Macau no Interior da China e no estrangeiro. Os espectáculos realizados no Centro Cultural de Macau contam com o apoio do Centro Cultural de Macau através de um subsídio de renda. Estiveram presentes na conferência de imprensa de apresentação do Festival de Artes de Macau e em apoio a esta edição, a Chefe da Divisão de Publicidade e Produção do Departamento de Promoção Turística da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.a Alice Martins Coelho, a Directora-Geral da Divisão de Marketing e Planeamento de Rotas da Air Macau, Dr.a Chan Im Lan, Mavis e representantes de associações artísticas locais. Os bilhetes para o XXIII Festival de Artes de Macau encontram-se à venda a partir das 10:00 horas do dia 25 de Março de 2012, nos postos de venda da Rede de Venda de Bilhetes Kong Seng. As reservas online e por telefone estarão disponíveis a partir das 13:00 horas do mesmo dia. Está disponível uma variedade de planos de descontos (até 40%) e uma promoção especial para os espectáculos locais. O material publicitário, disponível nos postos de venda de bilhetes, fornece mais detalhes sobre o programa. Para mais informações sobre o XXIII FAM é favor visitar o website do IC na Internet: www.icm.gov.mo/fam ou contactar o Instituto Cultural através do nº (853) 8399 6699 ou do email fam@icm.gov.mo. Informações: Macau: (853) 2855 5555 Hong Kong: (852) 2380 5083 (86) 139 2691 1111 no Interior da China. Reservas online: www.macauticket.com
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