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A Comissão de Luta Contra a Sida anuncia a publicação do relatório de investigação sobre “Trabalhadoras sexuais em Macau: Avaliação das condições de trabalho e de risco à saúde 2009”


A Comissão de Luta Contra a Sida anunciou no dia 18 de Janeiro do corrente ano a publicação do relatório de investigação sobre "Trabalhadores sexuais em Macau: Avaliação das condições de trabalho e de risco à saúde 2009". A respectiva investigadora, Susanne Y P Choi, professor assistente na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Chinesa de Hong Kong, fez a apresentação dos principais problemas encontrados e das recomendações de política. Esta investigação foi realizada em 2007, sendo os seus destinatários 491 trabalhadoras sexuais, das quais 113 são trabalhadoras sexuais chinesas que frequentam as ruas e pensões e 387 são trabalhadoras sexuais estrangeiras que trabalham nos estabelecimentos de diversões. Estas preencheram um inquérito anónimo sobre comportamento, assim como submeteram-se ao teste rápido de sífilis e de anti-VIH. A investigação foi concluída em 2009 e foi imprimida em livro em 2011, assim como carregada na internet e distribuída pelas personalidades da sociedade que participam na gestão das trabalhadoras sexuais. Relativamente aos testes anti-VIH a que foram submetidas na investigação, não foram detectados casos de reacção positiva ao VIH, contudo, foram detectados 9 casos de reacção positiva nos testes de sífilis (a taxa de reacção positiva à sífilis foi cerca de 2%). As conclusões do inquérito evidenciam que cerca de 70% das trabalhadoras sexuais no último ano utilizaram preservativo no acto sexual, e simultaneamente, que parte das trabalhadoras sexuais não consegue utilizar o preservativo no acto sexual com o cliente, sendo os principais obstáculos os seguintes: recusa por parte dos clientes, o cliente ingeriu excesso de álcool, o cliente é conhecido, pressão económica e o cliente usou de violência, entre outros. Deste modo, ficamos a saber que a responsabilidade essencial cabe ao cliente e não à trabalhadora sexual. A par disso, a investigadora apresentou as recomendações de política face aos principais problemas encontrados nesta avaliação, incluindo a elaboração de informações de divulgação em diversas línguas, bem como considerar a prestação periódica de serviços extensivos ao exterior para as trabalhadoras sexuais, realizando a educação de divulgação junto das mesmas e fornecendo testes gratuitos de doenças sexuais e de Sida. A Comissão de Luta Contra a Sida em face das recomendações deste investigação, convidou em 2009 duas organizações não públicas para realizarem os referidos serviços extensivos ao exterior, assim como proporcionou mais de 400 horas de serviços extensivos ao exterior para as trabalhadoras sexuais que frequentaram as ruas e pensões no ano de 2010 e 2011, tendo efectuado cerca de 20000 contactos com as trabalhadoras sexuais e concluído 400 vezes testes rápidos de SIDA. Relativamente ao ano 2012, vai aditar mais uma organização não pública para participar no desenvolvimento do diagnóstico de doenças sexuais e serviços extensivos ao exterior para as trabalhadoras sexuais e grupo de pessoas com vida sexual activa. Os interessados no relatório de investigação sobre "Trabalhadores sexuais em Macau: Avaliação das condições de trabalho e de risco à saúde 2009" podem recorrer ao Centro de Prevenção e Controlo da Doença (endereço: Alameda Dr. Carlos D'Assumpção no. 334-341, Edifício Hot Line, 7º andar, Macau, Telefone: 2853 3525), bem como descarregar o respectivo ficheiro electrónico no site sobre a Sida(www.aids.org.mo).