Impacto da 3ª Flexibilização Quantitativa dos Estados Unidos da America na economia de Macau Resumo do artigo do Sr. Lao Pun Lap, Coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas distribuído à Gabinete de Comunicação Social Os Estados Unidos da América apresentaram em meados de Setembro a FQ3 permitindo adquirir, excepcionalmente, a cada mês, pelas intituições de crédito hipotecário, títulos de hipotecas, no valor de 40 biliões de dólares americanos, até que haja uma melhoria signifcativa do mercado laboral do país; decidindo prolongar a manutenção da faixa-alvo da taxa de fundos federais entre zero e 25% até meados de 2015, com vista a apoiar ainda mais a retoma da economia e do mercado laboral. De facto, com a introdução das duas F.Q. apresentadas pelos Estados Unidos da América, a taxa do dólar americano caiu para a posição mais baixa da sua história. A nossa opinião é: a de que observando os efeitos reais da FQ3, esta já elevou o risco do mercado económico financeiro do mundo. Tal como as duas anteriores F.Q., a terceira não vai causar grande impacto aos bancos locais no hibor, sendo de quase zero a taxa bancária. Ao mesmo tempo, a taxa bancária, extremamente baixa, diminui a vontade de realizar depósitos bancários da população. Está diminuição do custo dos emprestímos bancários apoia o aumento do consumo local e o investimento em geral. Além disso, com a indexação câmbião directa da pataca ao dólar de HK e dólar americano, e com impacto da FQ3, o mercado financeiro local vai manter o cenário de taxa baixa, prevendo-se que a taxa de câmbio da pataca vai continuar a sofrer de pressão, seguindo a elavação cambial do dólar americano. A par disso, com a desvalorização da pataca, nota-se uma procura dos serviços turísticos locais por vários visitantes que vai favorecer a economia local, e por outro lado, vai elevar ainda mais o nível dos preços. O risco de provocar uma bolhar no mercado de activos local poderá aumentar, em resultado da oscilação do fluxo de capital transfronteiriço. O preço dos activos locais passará a ser mais atraente pela fraqueza da taxa de câmbio da pataca, o que proporcionará factores favaráveis à procura do mercado de activos pelo capital externo. Perante a incerteza dos fluxos de activos e o risco de aquecimento do mercado imobiliário, entre outros, vários serviços do Governo estão a reforçar a cooperação, preparando-se para enfrentar casos inesperados. Neste momento, a Autoridade Monetária de Macau está a fiscalizar atentamente o fluxo do capital transfronteiriço e o Grupo de Trabalho para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Mercado do Imobiliário está a estudar esta matéria. Por isso, propomos que o Governo proceda ao seguinte: 1. Observar ainda mais a situação de inflação local, após a apresentação da FQ3, nomeadamente os impactos provenientes da subida dos preços de alimentação e bebidas não alcoólicas na população, sobretudo nas famílias em geral, estudando mais medidas provisórias no sentido de reduzir as sua dificuldades. 2. Atendendo à situação da FQ3, o governo está a considerar o reforço dos poderes de piscalização do Grupo de Trabalho para os Preços dos Produtos Alimentares que tem obtido alguns resultados últimamente, examinando e aperfeiçoando o actual regime de gestão do mercado, para combater eventuais acções ilegais no processo de importação de alimentos. 3. Está a ser observado o impacto do FQ3 no mercado dos imobiliário local, mas a FQ3 já trouxe maior incerteza para o mercado, no futuro. Por isso, além de supervisionar a situação dos fundos correntes transfronteiriços, os serviços conexos do governo, vão lançar novas medidas em resposta à recente situação. No ambiente do aumento do fluxo do mercado financeiro mundial e da melhoria insignificante da economia real, vamos fiscalizar os impactos sócio-económicos locais, resultantes de mudanças dos factores externos, preparando medidas preventivas. Aqui, apelamos aos cidadãos que, antes de proceder ao investimento indiviual, avaliem, cuidadosamente, as suas capcidades financeiras.