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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador 2.º Trimestre de 2012


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2012, recolhidos em Julho de 2012, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,65 meses, representando um decréscimo em relação ao trimestre anterior (2,98 meses), mas um pequeno aumento face ao período homólogo do ano passado (2,53 meses). A carteira de encomendas detida pelo sector de "Vestuário e Confecção" foi de 2,94 meses, enquanto a de "Outros Sectores" 2,48 meses. No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram em geral que Hong Kong, EUA, Interior da China e Canadá sejam, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis. Entretanto, o mercado da África tem sido o pior na sequência da fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis desceu de 28,4% no trimestre anterior para 15,7% no trimestre em causa (menos 12,7 pontos percentuais). Destas, 2,6% previam um forte aumento e 13,1% um ligeiro crescimento das exportações. Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável subiram de 29,7% no trimestre anterior para 43,9% neste trimestre, verificando-se uma subida de 17 pontos percentuais, quando comparado com o registo no registado no mesmo trimestre de 2011 (26,9%). Das quais, 28,3% apontam para um ligeiro decréscimo e 15,6% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação de estagnação desceram ligeiramente de 41,9% verificado no trimestre anterior para 40,4% neste trimestre. Estes dados traduzem a confiança reduzida das empresas em relação às exportações futuras. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores neste sector diminuiu 5% e 15,3% comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2011, respectivamente. De entre as quais, 54,7% afirmaram terem enfrentado uma maior insuficiência de trabalhadores, constituindo um nível pouco superior a 53,5% verificado no trimestre anterior e um nível inferior a 65,2% registado no mesmo trimestre de 2011, tudo isso reflecte um decréscimo no número de empregados nesse sector, e uma manutenção de elevado nível superior a 50 pontos percentuais na demanda de pessoal por parte das empresas; destacando-se o sector de "Outras produções não Têxteis", com uma representação de 63,3% no seio do mesmo, inferior a 64,3% no trimestre passado e superior a 58,6% no igual trimestre de 2011. Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação 31,8% das empresas exportadoras consideram o "Insuficiente Volume de Encomendas" como o maior problema, enquanto que 14,9% apontam para os "Preços Elevados das Matérias-Primas" e 8% para os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro". Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 2.º trimestre de 2012, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar os problemas de "Insuficiência de Trabalhadores" e "Preços Elevados das Matérias-Primas" foram de 65,8% e 65,4%, respectivamente, e as que enfrentaram os problemas como "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", "Insuficiente Volume de Encomendas" e "Salários Elevados" foram de 61,2%, 53,8% e 43,1%, respectivamente. Para os próximos três meses, 53,2% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 46,9% com a "Insuficiência de Trabalhadores" e 36,2% com o "Insuficiente Volume de Encomendas".