
Os técnicos do LECM se deslocaram hoje (dia 18), a pedido da DSSOPT, à Vila de Ká Hó para a realização de inspecção às construções que conforme os moradores da Vila de Ká Hó foram afectadas pelas obras de demolição de uma construção ilegal, tendo-se ainda procedido no local ao levantamento de dados e à instalação de instrumentos de monitorização. O LECM irá entregar o relatório preliminar à DSSOPT após a conclusão da inspecção e apesar da comissão de vistoria ter avaliado preliminarmente que as 6 construções alegadamente afectadas pelas obras de demolição não apresentarem problemas estruturais, contudo tendo em conta o receio dos moradores, veio a Administração na tarde da passada sexta-feira exigir ao empreiteiro a suspensão das obras de demolição até a entrega do relatório de vistoria. E mesmo no futuro quando for reiniciada a obra de demolição, a Administração exigiu ao empreiteiro a utilização de máquinas mais leves para a realização da respectiva demolição de modo a minimizar ao máximo o impacto da obra nas construções vizinhas.
A Administração está bastante atenta às alegadas danificações nas construções vizinhas que foram apontadas na passada sexta-feira pelos moradores da Vila de Ká Hó durante a realização da obra de demolição, tendo de imediato ordenado a suspensão da obra e contratado uma entidade terceira, LECM, para a realização da inspecção às construções alegadamente afectadas, no sentido de avaliar o estado de segurança da estrutura do edifício e o seu ponto de situação, de modo a garantir a segurança dos moradores.
Os técnicos do LECM se deslocaram hoje às 6 construções afectadas para a realização de preliminar inspecção, levantamento de dados e instalação de instrumentos de monitorização. No início foi inicialmente referido serem 5 construções afectadas, contudo verificou-se após um diagnóstico mais profundo haver em concreto uma construção geminada onde residiam 3 agregados familiares e não 2 agregados familiares, pelo que o número de construções afectadas passou então para 6 construções. Durante a inspecção obteve-se a colaboração dos moradores neste sentido, que permitiram o início sem obstáculos dos respectivos trabalhos de inspecção. Os técnicos da comissão de vistoria da DSSOPT também se deslocaram ao local para trocar impressões com os moradores, no sentido de melhor conhecer a situação. Após o LECM concluir a inspecção preliminar, será então entregue à DSSOPT com a maior brevidade possível o relatório de avaliação preliminar.
A Administração está bastante atenta à questão historicamente herdada relativa à habitação dos antigos moradores da Ilha da Coloane, pelo que reitera que irá salvaguardar o direito de habitação dos antigos moradores. E caso necessitem realizar obras de reparação nas suas habitações, poderão entregar à DSSOPT as provas documentais de que residem no local já há vários anos e submeter à apreciação da DSSOPT o projecto de obra de beneficiação e de reparação elaborado por técnico qualificado. E desde que seja mantida o anterior aspecto estético da construção, virá a Administração proceder à apreciação do projecto e somente após a aprovação do projecto é que os moradores poderão realizar as obras de reparação das habitações.
Contudo a Administração frisa que nunca permitirá actos de ocupação ilegal de terrenos sob pretexto de pretenderem realizar reparações e estes serão severamente tratados pela Administração. A presente acção de despejo destinou-se sobretudo proteger a imagem da Ilha de Coloane e impedir que se venha sob pretexto de realização de obras de reparação ocupar ilegalmente uma maior área dos terrenos do Estado.