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A situação epidemiológica da rubéola mantém-se no Japão, pelo que os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que prestem atenção à sua prevenção quando viajam no exterior


Em resposta à constante situação epidemiológica da rubéola em algumas regiões do Japão, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que necessitam de prestar atenção e tomar precauções quando viajam às regiões em causa, evitando sempre que possível deslocar-se aos locais com epidemia de rubéola com crianças de idades compreendidas entre os 6 e 12 meses que ainda não completaram a vacinação contra a rubéola. Igualmente as grávidas, que não possuem anticorpos contra a rubéola, devem evitar esses locais. De acordo com os dados transmitidos pelo NIID (National Institute of Infectious Diseases), a partir do ano passado, o número de pessoas infectadas pela rubéola tem aumentado significativamente, registando-se 2 392 casos de infecção no ano passado. E no período de 1 de Janeiro a 1 de Maio do ano corrente, o número aumentou para 5 442 casos. Os casos espalham-se principalmente na região de Kanto, incluindo Tokyo e as regiões adjacentes. Nos últimos dias, os locais de infecção estendem-se para Osaka, Hyōgo, Aichi, Fukuoka e Kagoshima. A maioria dos casos incidem em indivíduos do sexo masculino, com idade superior a 20 anos. Muitos destes casos não foram submetidos à vacinação da rubéola ou têm uma história de contacto desconhecida. Desde o ano transacto, foram registados no Japão 10 casos de grávidas infectadas pelo vírus da rubéola, razão pela qual os recém-nascidos adoecem com o síndroma da rubéola congénita, e às grávidas em causa não foi administrada a vacina anti-rubéola ou as mesmas têm uma história de contacto desconhecida. A rubéola é uma doença transmissível aguda do trato respiratório provocada por um vírus da rubéola, e transmite-se principalmente através do contacto com as secreções do nariz e da garganta dos doentes, propagando-se a infecção mediante a inalação de gotículas de saliva ou contacto directo com doentes. O período de incubação varia de 14 a 23 dias, sendo normalmente de 16 a 18 dias. A doença possui alta contagiosidade, os doentes podem contagiar 7 dias antes de apresentar exantema, até pelo menos 4 dias depois do exantema. As crianças infectadas surgem com febre, exantema corporal e inflamação dos gânglios linfáticos, enquando que os adultos apresentam dores de cabeça, tosse ligeira, conjuntivite e 1 a 5 dias de febre ligeira, surgindo, em seguida, também erupção na pele, como nas crianças, até 5 dias. No entanto, não há surgimento da erupção evidente em alguns infectados. É de salientar que, geralmente, a infecção pelo vírus da rubéola não provoca graves consequências, mas em caso das grávidas, sem anticorpos, contraírem rubéola nas primeiras 16 semanas do parto, é possível causar aborto, morte fetal ou os recém-nascidos apresentarem síndroma da rubéola congénita. As manifestações da síndroma da rubéola congénita abrangem surdez, defeitos oculares, doença cardíaca congénita ou retardo mental, entre outras. A vacinação de VASPR (MMR) constitui o mais eficaz método para a prevenção da infecção da rubéola, e 95% dos vacinados podem produzir anticorpos eficazes durante a vida inteira. Esta vacina também pode prevenir sarampo e parotidite. Os Serviços de Saúde lembram aos cidadãos para a necessidade de prestar sempre atenção à higiene pessoal. Caso apresentem sintomas de febre, inflamação evidente dos gânglios linfáticos e erupção corporal, durante o período de viagem e depois do regresso a Macau, os cidadãos devem usar máscara e recorrer o mais breve possível ao médico, informando o médico da história detalhada de viagem e de contacto. Ao mesmo tempo, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que levem os seus filhos para se submeterem periodicamente à administração de vacina conforme o Programa de Vacinação de Macau (PVM), prestando atenção aos seguintes factos:  Evite viajar com bebés com idade entre os 6 e 12 meses, visto que os anti-corpos adquiridos na mãe por crianças dessa idade começaram a descer gradualmente, e o efeito da vacinação nesse grupo é comparativamente reduzido, sendo considerado, por isso, um grupo que é facilmente infectado pelo rubéola. Caso seja necessário levar consigo crianças dessa idade para residirem no exterior, é aconselhável que lhes seja administrada a vacina anti-rubéola, de acordo com as recomendações dadas pela autoridade de saúde dessa região.  As crianças com idade entre os 12 meses e 18 meses devem ser vacinadas com VASPR (MMR) e as crianças com idades compreendidas entre 1 e 17 anos que não receberam duas doses de vacinas anti-rubéola, devem deslocar-se ao Centro de Saúde para lhes ser administrada a vacina, sendo esta gratuita para os residentes de Macau.  Relativamente aos residentes com idade superior a 18 anos, especialmente as mulheres em idade fértil, que não tenham recebido vacina anti-rubéola, é aconselhável que lhes seja administrada vacina de uma dose de MMR, a expensas do próprio, particularmente, antes da deslocação a zonas afectadas. A imunidade produzirá efeito a partir de duas semanas.  As mulheres grávidas que nunca sofreram de rubéola ou às quais não foi administrada vacina anti-rubéola, devem evitar deslocar-se às regiões com epidemia de rubéola ou locais com aglomerações humanas.