
O XXIV Festival de Artes de Macau (FAM), organizado pelo Instituto Cultural, encerrou este fim-de-semana após um mês de trinta e quatro espectáculos diversos e mais de uma centena de actuações. A par destas, foram ainda organizadas cerca de duas dezenas de actividades, entre visitas guiadas, workshops, sessões de leitura de poemas, palestras e conversas pós-espectáculo, atraindo perto de mil participantes. Também os espectáculos ao ar livre foram muito procurados, reunindo cerca de seis mil espectadores na "Mostra de Espectáculos ao Ar Livre" no Jardim Iao Hon, na instalação Motivações nas Ruínas de S. Paulo, e em Mapping: Fabricado em Macau na Praça do Tap Seac e na Casa do Mandarim. A lotação para o FAM esteve quase completa, tendo sido vendidos cerca de 90% dos bilhetes disponíveis. Este ano, as produções locais representaram mais de metade do programa, sendo muito bem recebidas pelo público, tendo mesmo sido apresentadas algumas actuações extra em resposta à grande procura por parte do público. O FAM tem como objectivos desenvolver as artes locais, promover a cultura chinesa e divulgar obras extraordinárias de todo o mundo, esperando tornar real uma cultura harmoniosa e diversificada, tendo conseguido, nos últimos anos, estabelecer com sucesso uma imagem cultural de grande influência. O espectáculo de abertura desta edição do FAM, Seca e Chuva, da coreógrafa franco-vietnamita Ea Sola, trouxe aos palcos locais profundas preocupações humanistas. Han Yuniang, uma produção do Teatro Nacional de Ópera de Pequim da China e a qual contou com a renomada Dong Yuanyuan no papel principal, foi transmitida em directo no Interior da China pelo canal de televisão chinês CCTV, divulgando assim o nome do FAM pelos espectadores do continente. Os espectáculos com lotação acima dos 90% incluíram: Aqui Ela Dança, Lar Doce Lar, Cartas de Amor, Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, Piquenique no Cemitério, Amochai Divoto, Um Mundo de Jogo, Han Yuniang, Despedida: O Corpo em 16 Capítulos, O Circo Chegou, Self-Unfinished (Auto Inacabado), Mãos no Ar!, O Memorando, Pingtan de Suzhou, entre outros. Produzido por formandos locais após frequentarem uma série de workshops especializados, o inovador Mapping: Fabricado em Macau I e II foi muito bem recebido pelo público; os espectáculos familiares foram muito procurados, tendo os bilhetes esgotado rapidamente; as três exposições do FAM, Mundo de Fantasia – Chinoiserie, Técnicas em Extinção e a "Exposição Anual de Artes Visuais de Macau 2013", apresentaram peças raras e notáveis no Museu de Macau, na Galeria Tap Seac e no Edifício do Antigo Tribunal, respectivamente, alargando os horizontes dos visitantes. O Instituto Cultural promoveu o evento na Rádio Guangdong e na TVB de Hong Kong, tendo ainda lançado alguns passatempos nas redes sociais. Para esta edição foram ainda convidados críticos de arte de renome para escreverem textos críticos a alguns espectáculos, permitindo aos espectadores compreenderem mais a fundo as actuações. De modo a incentivar o público a participar no FAM e a fazer penetrar as artes na vida quotidiana, a organização, para além dos descontos na compra antecipada, lançou a promoção "Artes e Café", em parceria com a Pacific Coffee Company (Macau), atraindo assim a atenção e participação de ainda mais público. A exposição "Técnicas em Extinção – Fotografia de Jean Baudrillard" está patente na Galeria Tap Seac até ao dia 28 de Julho; Mundo de Fantasia – Chinoiserie continua no Museu de Macau até 18 de Agosto; e a "Exposição de Artes Visuais 2013" pode ser visitada no Edifício do Antigo Tribunal até ao dia 11 de Agosto. O público pode ainda assistir a Mapping: Fabricado em Macau II, na Casa do Mandarim, diariamente até ao dia 8 de Junho (os bilhetes gratuitos serão distribuídos pelas 19:00 horas nos dias dos espectáculos no próprio local). O FAM celebra, no próximo ano, o seu Jubileu de Prata. O público pode subscrever o Boletim Informativo do IC, em www.icm.gov.mo/fam e receber as últimas novidades sobre este e outros eventos.
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