Os Serviços de Saúde foram notificados hoje (22 de Maio) de um caso de infecção colectiva por enterovírus e confirmaram dois casos de infecção colectiva pelo enterovírus 71. O caso de infecção colectiva por enterovírus recaiu na Creche Santa Maria Mazzarello, em que tinha ocorrido uma infecção colectiva por enterovírus nos dias anteriores, tendo sido infectadas hoje, mais 4 crianças na turma 1D, as quais apresentaram sintomas da doença de mãos, pés e boca. A situação clínica de todas as crianças infectadas foi ligeira e as mesmas não necessitaram de internamento hospitalar, não tendo havido qualquer caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou outras graves complicações. Entretanto, os Serviços de Saúde procederam à recolha de amostras para análise laboratorial e a creche em causa já tomou medidas de controlo da infecção, tais como, limpeza e desinfecção em geral. Em relação aos dois casos confirmados de infecção colectiva por enterovírus 71, as amostras eram provenientes da Creche "O Lago" onde surgiu um caso de infecção colectiva por doença de mãos, pés e boca. O novo caso ocorreu na Turma A grande, com 7 crianças infectadas que apresentaram sintomas da doença de mãos, pés e boca, tendo as 3 amostras recolhidas confirmado a infecção por enterovírus 71; Quanto às restantes amostras eram provenientes da Turma para Bebés da Creche Fong Chong da Taipa, onde tinha ocorrido a infecção colectiva da doença de mãos, pés e boca, tendo sido infectadas cumulativamente 7 crianças, as quais apresentaram sintomas da doença de mãos, pés e boca, tendo as 4 amostras recolhidas confirmado a infecção por enterovírus 71. A situação clínica de todas as crianças infectadas foi ligeira, tendo todas recorrido às entidades médicas para tratamento, não tendo as mesmas necessitado de internamento hospitalar, nem havido qualquer caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou outras graves complicações. Os Serviços de Saúde solicitaram às referidas creches para reforçarem as medidas de controlo da infecção, como limpeza e desinfecção, e ordenaram, de acordo com a data do início de sintomas do novo caso, à Turma A grande da Creche "O Lago" para suspender provisoriamente as aulas, com vista a impedir a propagação da doença entre crianças. A referida creche necessita de proceder a limpeza e desinfecção do ambiental geral. A infecção por enterovírus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovirus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, com um pico no Verão, sendo a origem de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Em princípio, a doença de mãos, pés e boca afecta as crianças com idade inferior a 5 anos. O período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os excrementos dos infectados, pelas gotículas de saliva e pelos materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins de infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, a qual é uma doença de grande contagiosidade. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente contêm estes vírus. Os Serviços de Saúde sublinham que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar automaticamente. Contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços apelam aos pais, creches e escolas para prestarem atenção à prevenção. Os Serviços de Saúde apelam aos pais, alunos e escolas, bem como ao pessoal dos lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas, no sentido de prevenir a infecção por enterovírus : Medidas pessoais: Lavar as mãos: Antes de contactar a boca, o nariz e os olhos com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos; Cortesia: Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir e espirrar, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas; Diminuir os contactos: Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados; Aumentar a resistência: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar para aumentar a imunidade; Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca ou herpangina, recorrer de imediato à consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves. Medidas a aplicar pelas escolas e lares : Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro etc.; Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem com sintomas de febre e doença das mãos, pés e boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas e ao trabalho; Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças e os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.