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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador 4.º Trimestre de 2012


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2012, recolhidos em Janeiro de 2013, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,57 meses, representando um decréscimo ligeiro em relação ao trimestre anterior (2,64 meses), e um decréscimo de 33,4% face ao período homólogo do ano passado (3,86 meses).
A carteira de encomendas detida pelo sector de "Vestuário e Confecção" foi de 3,34 meses, enquanto a de "Outros Sectores" 2,1 meses.
No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram em geral que EUA, Interior da China, Hong Kong e Canadá sejam, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis. Entretanto, o mercado da África tem sido o pior na sequência da fraca carteira de encomendas, verificado no 4.º trimestre..
No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis subiu de 32,1% no trimestre anterior para 36,9% no trimestre em causa (mais 4,8 pontos percentuais), e quando comparado com 11,9% do mesmo período de 2011, correspondendo uma subida notável de 25 pontos percentuais. Destas, 0,3% previam um forte aumento e 36,6% um ligeiro crescimento das exportações. Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável desceram de 33,5% no trimestre anterior para 29,9% neste trimestre, verificando-se uma subida ligeira de 4,7 pontos percentuais, quando comparado com o registo no registado no mesmo trimestre de 2011 (34,6%). Das quais, 10,1% apontam para um ligeiro decréscimo e 19,8% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação de estagnação desceram ligeiramente de 34,4% verificado no trimestre anterior para 33,2% neste trimestre. Estes dados traduzem a maior confiança das empresas em relação às exportações futuras. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores neste sector diminuiu 6,7% e 13% comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2011. De entre as quais, 66,3% afirmaram terem enfrentado uma maior insuficiência de trabalhadores, constituindo um nível superior a 62,5% e 59,6% verificado no trimestre anterior e no mesmo trimestre de 2011, respectivamente, tudo isso reflecte uma descida no número de empregados nesse sector, e uma necessidade sentida de pessoal; destacando-se o sector de "Outras produções não Têxteis", com uma representação de 67,7% no seio do mesmo, superior a 66,8% e 59,4% verificado no trimestre passado e no igual trimestre de 2011, respectivamente.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação 24,9% das empresas exportadoras consideram a "Insuficiência de Trabalhadores" como o maior problema, enquanto que 24,6% apontam para o "Insuficiente Volume de Encomendas", 19,2% para os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 11% para os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e 0,8% para os "Salários Elevados". Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 4.º trimestre de 2012, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar os problemas de "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Insuficiente Volume de Encomendas" foram de 72,5% e 61,1%, respectivamente, e as que enfrentaram os problemas como "Insuficiência de Trabalhadores", "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e "Salários Elevados" foram de 55,5%, 46% e 18,5%, respectivamente.
Para os próximos três meses, 57,8% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 53,4% com a "Insuficiência de Trabalhadores" e 44,1% com o "Insuficiente Volume de Encomendas".