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Chui Sai On reitera a importância no equilíbrio entre desenvolvimento e preservação de recursos


O Chefe do Executivo, Chui Sai On, reiterou, hoje (18 de Março), a importância que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) deposita nos trabalhos de preservação de recursos e que, em termos legislativos, irá avançar ao ritmo do tempo, bem como sublinhou que está plenamente de acordo que se deve alcançar um equilíbrio entre desenvolvimento e protecção. O responsável máximo da RAEM falou durante o balanço feito à comunicação social após os encontros com o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, em Pequim. Relativamente à atenção que recentemente a sociedade tem prestado ao empreendimento na Rua de Entre-Campos, em Coloane, Chui Sai On, em resposta à questão colocada pelos jornalistas, afirmou que independentemente do ser humano ou natureza, ecologia, paisagem, ou protecção de uma montanha ou ambiente, é necessário executar trabalhos a vários níveis, incluindo fisionomia, protecção ecológica e fontes de poluição, entre outros, a ter em atenção. Lembrou que ele próprio participou nos trabalhos de candidatura do Centro Histórico a Património Mundial, e, na altura, foi possível adquirir alguns conhecimentos, sublinhando que, como governo, é absolutamente necessário seguir e cumprir a Lei. Durante todo o processo de candidatura, a legislação e diplomas então vigentes eram actualizados e reconhecidos pela UNESCO, e os trabalhos de protecção e preservação tinham alcançado algum nível. Posteriormente, em 2005, o Centro Histórico de Macau acabou por conseguir integrar a lista do património mundial da UNESCO. Referiu que qualquer território em processo de desenvolvimento, que queira preservar edifícios com valor, terá de progredir ao ritmo do tempo. Por exemplo, no ano passado, falou-se na sociedade da eventual necessidade de reforçar a protecção de algumas construções das décadas de 50 e 60 do século passado, incluindo algumas consideradas de memória colectiva e outras que o público em geral gostaria muito de ver conservadas. Em relação às construções que já tinham valor no passado, existe legislação que prevê a manutenção. Na sequência da evolução de gerações, algumas coisas precisam de ser integradas na lista de preservação e é conveniente que tais trabalhos sejam aperfeiçoados no desenrolar do tempo, podendo incluir no respectivo processo os trabalhos legislativos, portanto Chui Sai On considera que é uma tarefa que avança com o tempo. O Chefe do Executivo reiterou que o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, já deu resposta ao assunto, afirmando que tal terreno é privado e que já foi definida a planta de vias públicas, confirmando que o governo recebeu o pedido de desenvolvimento do terreno por parte do empreiteiro e estão em curso os respectivos procedimentos. Recentemente, o Instituto Cultural deu um parecer sobre a questão e, por isso, Chui Sai On acredita que a casamata possa ser mantida. Quanto ao próximo passo da autorização sobre os requisitos de construção do futuro empreendimento, terá de aguardar por uma análise e estudo mais avançados. O mesmo responsável disse que, em relação a este caso individual, uma vez que o pedido de construção já deu entrada, convém dar algum tempo de processamento aos serviços competentes, acreditando que as autoridades vão ter em conta os diversos factores e que a população quer proteger Macau no seu todo. O Chefe do Executivo indicou que um aspecto relevante é o facto de no processo de preservação, independentemente de ser património tangível ou intangível, precisa da atenção e participação da própria população. Assim, o mais importante é, através da sensibilização, permitir que cada geração de Macau dê valor à sua terra e proteja a sua riqueza, afirmou Chui Sai On, assegurando maior transparência e mais comunicação com os cidadãos, bem como a plena convicção de que se deve alcançar um equilíbrio entre o desenvolvimento da sociedade e preservação do território.