O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, partiu para Pequim, no início desta tarde (4 de Março), para assistir, como convidado, à cerimónia de abertura da primeira reunião da 12ª Assembleia Popular Nacional. Antes da partida do território, no aeroporto, Chui Sai On informou que tem encontros agendados, na capital, com dirigentes da província de Guangdong, para balanço conjunto sobre a cooperação bilateral e confirmação do plano de trabalhos para o corrente ano. Relativamente à questão dos turistas com vistos individuais, colocada na ocasião pelos profissionais da comunicação social, o mesmo responsável afirmou tratar-se de tema alvo de grande atenção e, por isso, já solicitou ao coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas, Lao Pun Lap, para liderar um grupo de trabalho a efectuar um balanço e um estudo aprofundado sobre a política dos vistos individuais, que foi implementado há dez anos, destacando as influências da mesma na economia local, o nível de satisfação dos visitantes e a capacidade de acolhimento do território, para não afectar a qualidade de vida da população em geral. Depois de concluído o referido estudo, o governo abordará o assunto com os ministérios e comissões estatais, adiantou o Chefe do Executivo, sublinhando que o governo da RAEM tem mantido bons contactos com a Administração Nacional de Turismo e as autoridades de segurança pública sobre o tópico em questão. Chui Sai On lembrou que em 2003, após o surto de pneumonia atípica (SARS), Macau enfrentou muitas dificuldades e problemas de desenvolvimento na economia, tendo o Governo Central, na altura, definido uma série de políticas e medidas de apoio, tais como a do visto individual, que se tornou uma componente importante. Em dez anos, o número de turistas de vistos individuais, três milhões em 2004 subiu para mais de sete milhões no ano passado e, hoje em dia, um total de 49 cidades da China interior implementaram a referida política em relação a Macau, acrescentou. E, sublinhou que a série de políticas de apoio, então adoptadas, levou implicitamente ao desenvolvimento integrado da economia de Macau no conjunto do país, incluindo, posteriormente, a cooperação regional no "Delta do Rio das Pérolas" e, ainda mais alargada, no "Grande Delta do Rio das Pérolas", que se tornaram, também, importantes estratégias da economia local. Somente com o crescimento económico, aperfeiçoamento das condições de vida da população, integração na China interior e dinamização da economia em geral é que, no futuro, Macau conseguirá atingir um desenvolvimento sustentável. Em relação aos problemas ocorridos no Posto Fronteiriço, durante o último Ano Novo Lunar, Chui Sai On disse acreditar que se deveram a factores relacionados com o período das festividades, estando actualmente os serviços da área do turismo a rever a situação e os serviços da tutela do secretário para a Segurança a avaliar e estudar a situação da gestão dos postos fronteiriços, para aperfeiçoamento e sucesso de todos trabalhos inerentes, tais como a melhoria de circulação de pessoas, alertas atempadas e mecanismos de contacto e informação bilateral. O Chefe do Executivo considera que as questões da política de vistos individuais e dos problemas surgidos no Ano Novo Lunar não devem ser abordadas em conjunto, nem ser ainda o momento adequado para tirar quaisquer conclusões, fazendo votos de que os cidadãos possam dar tempo ao governo para análise e balanço sobre o assunto. Entretanto, na mesma ocasião, o principal dirigente da RAEM falou ainda sobre a recente conjuntura do mercado imobiliário, afirmando que, tal como toda a população, o governo está muito atento à subida de preços do imobiliário e à situação do crescimento económico. Chui Sai On anunciou que, tal como no passado, já deu instruções claras aos secretários para a Economia e Finanças e para os Transportes e Obras Públicas no sentido de estudarem a questão, garantindo que, em tempo oportuno, serão, certamente, adoptadas medidas para manter a estabilidade do mercado imobiliário.