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Três trabalhadores de um cabeleireiro intoxicados por monóxido de carbono, pelo que os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para o uso cautelar de esquentador a gás


O Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário notificou na noite do dia 27 um caso de intoxicação por monóxido de carbono, em três pessoas que se sentiram com má disposição, e tiveram alta após tratamento. Devido ao tempo frio, os Serviços de Saúde apelam aos residentes para prestarem atenção ao uso de esquentador a gás, evitando a intoxicação por monóxido de carbono. O caso recai num cabeleireiro que se situa na Rua de Sacadura. Na manhã do dia 27, quando o patrão daquele cabeleireiro utilizou o esquentador a gás, o cheiro era anormal. Após verificação, detectou-se uma situação de ruptura entre o exaustor e o esquentador, contudo, procedeu-se de imediato à vedação da mesma. No entanto, como não se reforçou a ventilação por causa do frio que fazia na altura, até à tarde, três trabalhadoras apresentaram sucessivamente sintomas, tais como tontura, dor de cabeça, vómito e fadiga, entre outros. Pelas 19h, o patrão enviou as 3 trabalhadoras em causa ao Centro Hospitalar Conde de São Januário; as 3 doentes com idades compreendidas entre os 24 e 44 anos encontravam-se conscientes quando se apresentaram no hospital, e foram diagnosticadas de intoxicação por monóxido de carbono de nível leve, através da análise sanguínea, tendo todas elas melhorado e obtido alta hospitalar após tratamento. Os Serviços de Saúde enviaram pessoal na manhã do dia 28 para efeitos de verificação in loco, e esclarecimento das causas, perigos, danos e medidas preventivas sobre a intoxicação de monóxido de carbono, comunicando o caso à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Imediatamente, a DSAL mandou pessoal a fim de verificar in loco, e constatou-se ruptura e fuga de gás no exaustor de ar residual do esquentador a gás utilizado naquele cabeleireiro, razão pela qual o ar residual (monóxido de carbono) não pôde ser drenado a tempo para fora das instalações, e foi-se acumulando dentro do cabeleireiro, o que resultou na intoxicação por monóxido de carbono das trabalhadoras. O pessoal da DSAL incitou o responsável do cabeleireiro supracitado a proceder de imediato à reparação de forma adequada do exaustor para esquentador a gás, bem como reforçar a ventilação. O monóxido de carbono é um gás carbonoso e produto da combustão incompleta. Após a inalação do monóxido de carbono, o mesmo combina-se com a hemoglobina no corpo humano e causa a perda da sua capacidade de transportar oxigénio, o que resulta na intoxicação por monóxido de carbono. Os sintomas leves são tontura, náusea, vómito e, os sintomas graves, são coma, e até morte. Os Serviços de Saúde salientam que a utilização inadequada do esquentador a gás provoca muito fácilmente a intoxicação de monóxido de carbono. As situações mais comuns relativas ao uso inadequado do esquentador incluem: a utilização de esquentador a gás, sem tipo chaminé, em instalações interiores sem ventilação apropriada; o mesmo instalado num local inadequado, por exemplo no quarto ou na varanda fechada que está ligada ao quarto; não dispõe de conduta de ar residual ou localização inapropriada da boca de saída; não existe uma boa ventilação na sua utilização. Em caso de má utilização do esquentador, pode-se produzir num curto período de tempo a emissão do monóxido de carbono com concentrações letais. O monóxido de carborno é um gás incolor, inodoro, insípido, que pode, de imediato, levar a pessoa a ficar em estado de coma e até causar a morte. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos estabelecimentos públicos e famílias para adoptarem equipamentos de água quente dotados de maior grau de segurança, como esquentador térmico, esquentador de tipo compacto, ou esquentador de tipo chaminé (exaustor de ar mecânico), o esquentador ser instalado adequadamente por pessoal técnico qualificado, bem como ser assegurada uma ventilação eficaz aquando da sua utilização, mesmo que se esteja no tempo frio. Em simultâneo, a DSAL apela que devem prestar atenção à boa ventilação de ar na utilização dos respectivos equipamentos e aparelhos nas instalações fechadas, sobretudo deve ser assegurada a manutenção e reparação de maneira periódica, garantindo que os memos são utilizados correctamente com boas condições, no sentido de evitar a ocorrência de casos semelhantes.