De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3º trimestre de 2013, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 1,7 meses, representando um decréscimo de 19% e 35,6% em relação ao trimestre anterior (2,1 meses) e ao período homólogo do ano passado (2,64 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detidas pelos sectores de "Vestuário e Confecções" , "Produtos Têxteis", "Equipamentos Electrónicos/Eléctricos", "Produtos Farmacêuticos" e "Outros Sectores" foi de 2,47, 1,51, 0,83, 2,37, 1,37 meses, respectivamente. No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram em geral que o Interior da China, EUA, Japão, Hong Kong e Canadá (índices registados nos últimos dois mercados são idênticos) sejam, relativamente, os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau, apresentando índices na ordem dos 10,3, 7,0, 6,1 e 4,2, respectivamente. Entretanto, o mercado da região do Sudeste Asiático tem sido o pior na sequência da fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis diminuiu para 24,9%, menos 3,6 e 7,1 pontos percentuais, comparativamente ao trimestre anterior (28,5%) e ao mesmo trimestre de 2012 (32,0%), respectivamente. Entre as empresas inquiridas, 0,4% previam um forte aumento e 24,5% um ligeiro crescimento das exportações. Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável foram de 35,7%, correspondendo a uma subida de 8,3 e 2,1 pontos percentuais, quando comparado como trimestre anterior (27,4%) e com o idêntico trimestre de 2012 (33,6%), respectivamente. Entre estas, 14,1% apontam para um ligeiro decréscimo e 21,6% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante decresceram de 44,1% no trimestre anterior, para 39,4% neste trimestre. Estes dados traduzem uma atitude mais prudente adoptada pelas empresas em relação às exportações no futuro. No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicam que o número de trabalhadores diminuiu 2,3% e 4,7% comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2012. Destas, 62,4% afirmam terem enfrentado falta de trabalhadores, nível superior a 61,6% verificado no trimestre anterior, mas inferior a 62,7% registado no mesmo trimestre de 2012. Tudo isso reflecte uma insuficiência no número de trabalhadores na indústria transformadora, destacando-se o sector de "Produtos Farmacêuticos", com uma representação de 88,2% no seio do mesmo, semelhante à registada no trimestre passado (87,7%), mas superior à 81,4% verificada no igual trimestre de 2012, o que reflecte a necessidade de pessoal sentida neste sector. Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 10,7% das empresas exportadoras consideram o "Preços Elevados das Matérias-Primas" como o maior problema, enquanto que 10,4% referem a "Insuficiência de Trabalhadores", 7,1% os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro"; 6,0% indicam a "Insuficiente Volume de Encomendas" e 2,2% os "Salários Elevados". Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 3º trimestre de 2013, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Insuficiência de Trabalhadores" foram de 66,8% e 42,1%, respectivamente, e as que enfrentaram "Insuficiente Volume de Encomendas", "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" e "Salários Elevados" 41,6%, 35,8% e 29,2%.
Para os próximos três meses, 48,3% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", 47,2% com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 36,8% com "Insuficiência de Trabalhadores", e 36,2% com "Insuficiente Volume de Encomendas".