O Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve, hoje (18 de Novembro), um encontro, na Sede do Governo, com o presidente da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau, David Chow, e outros elementos da direcção da associação, para trocar impressões sobre vários temas no desenvolvimento das pequenas e médias empresas locais, nomeadamente os recursos humanos. Chui Sai On disse que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), gostaria de manter comunicação com as pequenas e médias empresas do território, para auscultar as opiniões e sugestões do sector, e indicou que a deputada da Assembleia Legislativa, Melinda Chan, já apresentou, em nome da Associação, uma opinião escrita para reflectir o consenso dos membros ao que o governo irá analisar. O mesmo responsável referiu que, segundo os dados, em Macau, existem mais de 50 mil empresas, das quais mais de 90 por cento são pequenas e médias, e o seu comércio sustentável está ligado ao desenvolvimento e à estabilidade global de Macau, por isso, o governo continuará a dar atenção e a apoiar este sector. Quanto à necessidade de recursos humanos, o Chefe do Executivo, considerou que deve ser feita uma pesquisa e uma análise para determinar, em conjunto com a sociedade, as medidas a serem tomadas. Chui Sai On acrescentou que, durante a sessão de perguntas dos deputados sobre as Linhas da Acção Governativa, já esclareceu que a actual posição do governo não concorda com a apresentação de uma proposta de lei para limitar a importação de trabalhadores do exterior, para qualquer tipo de função. Além disso, Chui Sai On indicou que o secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, continuará a regulamentar, através de medidas administrativas, o mecanismo de importação de trabalhadores não residentes, mantendo a avaliação deste mecanismo, com o princípio da prioridade de garantia de emprego aos locais. No encontro, o presidente da Associação, David Chow, referiu que sob o crescimento das indústrias de jogo e turismo, prevê-se, no futuro, um melhor desenvolvimento local, por isso, irá haver mais necessidade de mão-de-obra, especialmente as pequenas e médias empresas que enfrentam a competição das grandes empresas, esperando uma maior atenção do governo. A deputada Melinda Chan, que esteve também no encontro, disse, por sua vez, que as PME deparam-se com um problema de falta de recursos humanos e que, apesar de concordar que é preciso garantir emprego para os locais, alguns sectores têm determinadas especificidades e muitas dificuldades para encontrar pessoas qualificadas na RAEM, tal como, por exemplo, motoristas profissionalizados. E, adiantou que apoia a fixação de um salário mínimo por lei e, ela própria, tenciona elaborar uma proposta sobre um montante adequado para referência do governo. Recorde-se que a constituição da associação supra mencionada engloba membros dos ramos do mercado grossista, da indústria do turismo, dos vendedores das bancas de mercado, dos serviços de limpeza, da recolha de materiais e produtos para reaproveitamento no âmbito da protecção ambiental, cujos representantes manifestaram também as suas dificuldades comerciais, especialmente em termos de recursos humanos, nomeadamente, no sector dos motoristas, devido ao envelhecimento dos profissionais e falta de atractivos para os mais jovens. O Chefe do Executivo respondeu, relativamente aos problemas expostos, que a situação exige um estudo detalhado e previsões por entidades académicas e outras devidamente capacitadas para o efeito, para que a sociedade possa abordar a situação mediante os resultados efectivos, analíticos e científicos. No encontro estiveram ainda presentes o presidente da direcção, Fong Kin Fu, o presidente do Conselho Fiscal, Lei Chi Fong, e outros dirigentes da Associação, e da parte do governo, o chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Alexis Tam, a secretária-geral do Conselho Executivo, O Lam, e o assessor do Gabinete do Chefe do Executivo, Kou Chin Hung.
