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Os sete líderes das delegações lusófonas discursam na IV Conferência Ministerial do Fórum Macau


Os sete líderes das delegações lusófonas à IV Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa foram unânimes a afirmar o papel relevante do evento, aquando do uso da palavra na cerimónia de abertura. O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Rui Duarte Barros, o primeiro dirigente lusófono a discursar, relembrou que «o parceiro China é e será sempre merecedor de uma atenção especial do povo e do governo guineenses, sendo a edificação de uma verdadeira parceira estratégica sino-guineense um dos objectivo do pais. «O mesmo responsável garantiu que a Guiné-Bissau está empenhada em melhorar as condições de captação e protecção de investimento privado proveniente da China.» Entretanto, o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, destacou que «a crescente aproximação entre as nossas sociedades favorece, não só as trocas culturais, mas também o turismo, o comércio, os investimentos e a cooperação técnica. No campo da promoção do crescimento económico dos países que integram o Fórum, faço votos de que consigamos atingir, com êxito, a meta a que nos propomos de elevar nossas trocas comerciais para 160 mil milhões de dólares até 2016.» E, adiantou, que «nessa tarefa, terá papel de grande relevo o estabelecimento, em Macau, do Centro de Serviços Comerciais para Pequenas e Médias Empresas dos Países de Língua Portuguesa, que se pretende criar.» De Portugal, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, reconheceu os trabalhos do Fórum e que a iniciativa da sua criação traduz o reconhecimento, da parte do governo chinês, da importância e natureza estratégica da língua portuguesa no mundo e dos países que a falam. Paulo Portas adiantou que «Macau é hoje uma importante plataforma comercial e de serviços, com um valor acrescentado que lhe advém, também, da sua herança portuguesa. E, por essa via, constitui uma excelente forma de consolidar o papel de Macau como ponte privilegiada de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.» Quanto ao vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, Fernando de Araújo, indicou que o país vive em plena estabilidade e que o progresso de Timor-Leste só é possível com o apoio da comunidade internacional e dos parceiros bilaterais. Fernando de Araújo adiantou que o seu país vê a China como um dos fortes parceiros estratégicos para o desenvolvimento, enaltecendo ainda o papel de Macau como plataforma de cooperação económica sino-lusófona. O Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos da Angola, Rui Mangueira, referiu-se ao Fórum como «um quadro de cooperação que, ao longo da sua existência, tem vindo a ganhar dimensão, constituindo hoje uma plataforma incontornável no contexto das relações económicas entre os países membros, por estimular e aprofundar, não só o pilar da cooperação bilateral, mas também, por permitir a troca de experiências e sinergias que se enquadram de forma tão singular no âmbito da cooperação sul-sul.» Por sua vez, o ministro do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde, Humberto Santos de Brito, salientou que «o governo caboverdiano vem investindo no desenvolvimento do Fórum Macau, considerando-o um mecanismo inovador de promoção da cooperação económica e empresarial, complementar às já excelentes relações bilaterais com a República Popular da China, mas também com potencial para elevar os patamares de parceria diversificada entre os países membros e em coerência com as ambições e planos constantes dos seus planos de acção trienais. Por fim, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, fez um balanço sobre os passados 10 anos do Fórum, indicando que «no decurso da última década, Moçambique tem vindo a beneficiar de bolsas de estudo em Macau e na China, especialmente para cursos de qualificação dos seus quadros, em áreas cruciais para o desenvolvimento do país, tais como saúde, agricultura, turismo e educação. «Com efeito, a formação dos moçambicanos em Macau e na China tem contribuido decisivamente para a melhoria da qualidade dos recursos humanos nacionais, condição indispensável para um desempenho mais efectivo no desenvolvimento económico sustentável do país e no progresso social do nosso povo.»