O Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve, hoje (4 de Outubro), na Sede do Governo, um encontro com uma representação da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), chefiada pela presidente, Ho Sut Heng, para troca de opiniões sobre o desenvolvimento da indústria e política de recursos humanos do sector do jogo. Chui Sai On reiterou que a posição e política contínua do governo é muito clara e inalterável sobre o exercício da actividade de croupier apenas por residentes de Macau. E, relativamente a opiniões e alguns rumores sobre a política de recursos humanos para a actividade profissional de croupier, reiterou aos presentes que o governo já esclareceu a sua posição, várias vezes, para aliviar as preocupações do público. O mesmo responsável sublinhou que a posição oficial sobre o assunto dos croupier não será influenciada, nem alterada devido a rumores ou outros movimentos. E, que o governo nunca efectuou nenhuma avaliação a nível interno, nem encomendou estudos a qualquer instituição académica ou entidade sobre a eventual necessidade de actualizar ou alterar a política sobre o exercício da actividade profissional de croupier. Quanto à questão da eventual existência de estudantes não locais que ficam em Macau, após graduação, para desempenhar o cargo de croupier, Chui Sai On afirmou que o governo já reforçou a inspecção e capacidade de execução da lei e se alguma operadora de jogo violar a lei fica sujeita aos procedimentos legais. E, adiantou que, após uma investigação profunda, o governo considera que existem recursos humanos suficientes no mercado local para responder a eventuais necessidades de croupiers decorrentes do crescimento do número de mesas de jogo nos próximos dez anos. Lembrou que o ponto crucial da política de recursos humanos no sector do jogo consiste na forma de os residentes de Macau, que desempenham funções no ramo, poderem progredir na carreira a cargos superiores, apoiá-los a elevar as suas competências profissionais, sendo este um aspecto que merece grande atenção do governo. Assim, as entidades oficiais têm de continuar a apoiá-los, em termos de políticas e recursos, mas também é necessário o empenho da FAOM, das operadoras de jogo e o esforço de aprendizagem e dedicação dos próprios profissionais da área, bem como coordenação das diversas partes para, gradualmente, se alcançar os objectivos de progressão de carreiras a cargos mais elevados. O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, também presente na ocasião, acrescentou que a política do governo definindo que a profissão de croupier só pode ser exercida por residentes locais, tem uma directriz muito clara, bem como o objectivo de orientar o sector para um maior desenvolvimento, incentivando a promoção dos croupier. Daí, que o governo tem estado a apoiar instituições para formar quadros qualificados para o sector do jogo, bem como incentivar a formação dos que já trabalham no ramo, com resultados práticos já alcançados nos últimos anos. Quanto ao reforço da qualidade dos recursos humanos, afirmou que o governo está disponível para debater o assunto com a FAOM e o sector e ouvir as suas opiniões. Por sua vez, Ho Sut Heng concorda com o reforço da formação profissional no sector para ajudar os trabalhadores locais em funções a exercerem cargos superiores, dizendo que considera estável a política do governo, mas espera mais medidas para estabilizar a política de que os cargos de croupier devem ser desempenhados só por pessoas locais. A vice-presidente, Kwan Tsui Hang, disse que o governo deve legislar sobre a política para os croupier, falando ainda sobre o reforço da formação para o pessoal do sector em questão e os apoios dados aos profissionais de meia idade. Quanto ao vice-presidente da direcção, Lam Heong Sang, também manifestou interesse na questão da formação e de como a política de recursos humanos na indústria do jogo poderá trazer maior tranquilidade às pessoas de Macau. Os três dirigentes da FAOM manifestaram também grande atenção sobre a forma de coordenação e controlo do governo da escala e directrizes do desenvolvimento da indústria do jogo. Relativamente à sugestão da Federação, hoje apresentada, de que o princípio de só residentes locais poderem exercer funções de croupier deve ser claramente definido por lei, Chui Sai On afirmou que o governo tem boa vontade de estudar a viabilidade de leis e regulamentos vigentes sobre a matéria, reafirmando que, independentemente do que venha a acontecer, manter-se-á inalterável a condição de a actividade de croupier só poder ser desempenhada por residentes da RAEM. Chui Sai On acrescentou que as várias orientações do Governo sobre o desenvolvimento do sector de jogo coincidem com as considerações da Federação das Associações dos Operários de Macau: primeiro, controlar a dimensão e reforçar o elemento de não jogo; segundo, aumento de mesas de jogo deve ser coordenado com os recursos humanos existentes, dando prioridade à garantia de oportunidade de trabalho aos locais que queiram ser croupier e de ascensão na carreira. Francis Tam, por sua vez, acrescentou que, segundo a dimensão prevista do desenvolvimento do sector de jogo a dez anos, a taxa de aumento anual de mesas de jogo não ultrapassa os três por cento, o mais adequado nesta fase, segundo avaliações a vários níveis. Relativamente ao desenvolvimento posterior, o governo fará um estudo global e um dos aspectos em apreço será a vontade das empresas de jogo em apostar nos elementos não jogo. Os vice-presidentes da direcção da Federação das Associações dos Operários de Macau, Lee Chong Cheng e Lei Cheng I, o vice-presidente da direcção da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogos de Fortuna e Azar de Macau, Leong Sun Iok, o subdirector-geral da Associação de Empregados das Empresas de Jogo Macau, Choi Kam Fu, a presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores da Sociedade de Jogos de Macau, S.A., Tang Fong Chan, o chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Alexis Tam, e a secretária-geral do Conselho Executivo, O Lam, assistiram também ao encontro.