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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador 2.º Trimestre de 2013


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2013, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,1 meses, representando uma descida de 23,6% e 20,8% em relação ao trimestre anterior (2,75 meses) e ao período homólogo do ano passado (2,65 meses). A carteira de encomendas detida pelo sector "Vestuário e Confecção" foi de 2,5 meses, enquanto a que a de "Outros Sectores" foi de 1,94 meses. No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestrais por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram que o Japão, Hong Kong, região do Sudeste da Ásia e EUA são os que apresentam perspectivas mais favoráveis. Entretanto, o mercado de África tem sido o que regista menos crescimento na sequência da fraca carteira de encomendas, verificado no 2.º trimestre. No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que reportaram perspectivas favoráveis desceu de 40,2%, no trimestre anterior, para 28,5% no trimestre em causa (menos 11,7 pontos percentuais); quando comparado com 15,7% do mesmo período de 2012, correspondeu a uma subida de 12,8 pontos percentuais. Destas, 2,0% previam um forte aumento e 26,5% um ligeiro crescimento das exportações. Igualmente, as empresas que antecipam uma situação menos favorável decresceu de 31,6, no trimestre anterior (mais 4,2 pontos percentuais), para 27,4% neste trimestre, e uma descida de 16,5 pontos percentuais, quando comparado com o registado no mesmo período de 2012 (43,9%). Entre estas, 5,8% apontam para um ligeiro decréscimo e 21,6% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante subiram de 28,2% no trimestre anterior, para 44,1% neste trimestre. Estes dados traduzem a expectativa das empresas em relação à confiança das exportações no futuro. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores neste sector diminuiu 0,3% no que respeita ao trimestre anterior, e 1,1% comparativamente ao mesmo trimestre de 2012. Destas, 61,6% afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, um decrescimo de 62,3% verificada no trimestre anterior, mas superior a 54,7% registada no mesmo trimestre de 2012. Tudo isso reflecte uma insuficiência no número de nesse sector, e necessidade de pessoal, destacando-se o sector de "Outras produções não Têxteis", com uma representação de 69,0% no seio do mesmo, semelhante à registada no trimestre passado (69,2%), mas superior aos 63,3% verificados no igual trimestre de 2012. Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 18,5% das empresas exportadoras consideram a "Insuficiência de Trabalhadores" como o maior problema, enquanto que 12,6% referem "Insuficiente Volume de Encomendas", 12,5% os "Preços Elevados das Matérias-Primas"; 7,2% indicam "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", e 2,2% para "Salários Elevados". Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 2.º trimestre de 2013, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" foram de 67,5% e 54,0%, respectivamente, e as que enfrentaram "Insuficiente Volume de Encomendas" 41,3%, "Insuficiência de Trabalhadores" 36,5% e "Salários Elevados" 29,3%. Para os próximos três meses, 47,5% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" 46,7% com os "Preços Elevados das Matérias-Primas" e 37,2% com "Insuficiente Volume de Encomendas".