
Nas investigações complementares realizadas pelo Comissariado contra a Corrupção sobre um caso suspeito de prática de crime de corrupção passiva por um funcionário público do Estabelecimento Prisional, verificou-se envolvimento de mais um recluso no caso que foi encaminhado, hoje, ao Ministério Público para o devido acompanhamento. O CCAC descobriu, em 12 de Abril de 2013, um caso suspeito de prática do crime de corrupção passiva para acto ilícito por um funcionário público do Estabelecimento Prisional de Macau (EPM). Um dos arguidos envolvidos no dito caso (um recluso) ofereceu várias vezes vantagens ilícitas ao funcionário do EPM, de apelido Sio, para que este introduzisse produtos proibidos, nomeadamente telemóveis, no estabelecimento prisional. Posteriormente, o CCAC continuou a proceder à sua investigação, durante a qual descobriu um outro recluso que terá colaborado com o arguido atrás referido na venda dos produtos proibidos a preço elevado no estabelecimento prisional, conseguindo assim lucros significativos. O grupo criminoso deste caso tem-se aproveitado de várias contas para apostar em jogos de futebol e contas bancárias abertas no interior da China para receber dinheiro depositado pelos reclusos, e entregar, com meios altamente sinuosos, o dinheiro do suborno ao arguido de apelido Sio, já envolvido no caso anterior, ficando este encarregado de comprar e introduzir telemóveis e artigos proibidos no estabelecimento prisional. Após uma análise dos elementos das contas para apostar em jogos de futebol e das contas bancárias abertas no interior da China, verificou-se que foram depositados, no período entre 2012 e a data em que o caso foi detectado, mais de 2 milhões de HK dólares nas referidas contas, dos quais, mais de 400 mil HK dólares teriam sido a título de suborno. Com a colaboração do Estabelecimento Prisional de Macau, o CCAC realizou, hoje, uma acção, na qual foram obtidos 20 telemóveis e respectivos acessórios relacionados com o presente caso. O CCAC apreendeu ainda um montante de mais de 200 mil patacas alegadamente obtido com a prática do crime. O respectivo grupo criminoso terá praticado actos ilegais durante um longo período.
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