O Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde foi notificado hoje (15 de Agosto) de um caso importado de malária e apela aos cidadãos para tomarem medidas preventivas quando se deslocarem às zonas afectadas. O doente é um negociante, do sexo masculino, residente de Macau que se deslocou sozinho à Gâmbia e Costa do Marfim, ambas na África para negócio durante o período compreendido entre 09 de Maio e 10 de Agosto. O doente começou a aparecer com sintomas como febre intercalada na Costa do Marfim, em finais de Junho, e foi diagnosticado de malária, tendo sido submetido a tratamento. No dia 10 de Agosto, o doente regressou a Macau e no dia 12 de Agosto apareceu novamente com sintomas como febre, calafrios, dores musculares, entre outros. No dia 13 de Agosto, o doente recorreu ao Hospital Kiang Wu para consulta, e por razão de instabilidade do estado de saúde, o doente recorreu no dia 14 de Agosto ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário e foi hospitalizado para se submeter a tratamento. O resultado do exame laboratorial do doente evidenciou reacção positiva à malária. De acordo com o registo de viagem na zona afectada e o tempo de aparecimento de sintomas, este caso é considerado como caso importado de malária. Este é o segundo caso registado de malária em Macau. No ano transacto registou-se em Macau 1 caso importado de malária.
Actualmente, o doente já não tem febre e os parceiros com quem trabalha naqueles países também apareceram com sintomas similares. Malária é uma doença infecciosa grave e fatal, causada pelos protozoários parasitas do género Plasmodium e que se classifica em quatro tipos: "Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malarie e Plasmodium ovale". A malária ocorre frequentemente em regiões com clima quente, como África, regiões tropicais e subtropicais, como América Latina e regiões do Sudeste Asiático. A malária é transmitida pelo mosquito fêmea do género Anopheles infectado e através da picada do mosquito fêmea do género Anopheles ao doente malário, este mosquito fica infectado e quando pica outra pessoa transmite a malária para a mesma. A malária não se transmite entre as pessoas, contudo, através da transfusão de sangue infectado ou produtos derivados de sangue infectado, transplantação de órgãos ou partilha de seringas também pode ser transmitida a malária. Também se pode transmitir através da gravidez ou do parto, ou seja da mãe para o feto e da mãe para o recém-nascido. O período de incubação varia com os diferentes géneros de parasitas, e de um modo geral, o aparecimento de sintomas varia de 7 a 30 dias a contar da picada do mosquito infectado. Os sintomas consistem em febre intercalada, calafrios, sudação, dores de cabeça, fadiga e dores musculares, entre outros. As complicações consistem em anemia, disfunção hepatal e renal, convulsões, inconsciência e coma, e caso não se recorra atempadamente ao médico pode causar a morte. Presentemente, existem medicamentos eficazes para tratar da malária, e é muito importante o diagnóstico e tratamento precoce para curar a malária. As medidas para a prevenção da malária são as seguintes: 1.Adoptar medidas eficazes anti-mosquitos, evitando as picadas dos mosquitos. 2.Presentemente não existe vacina para prevenir a malária. Caso necessite de se deslocar às zonas afectadas com malária, deve adoptar medidas de prevenção e obter medicamentos de prevenção em caso de necessidade. Esses medicamentos necessitam de ser administrados antes da partida, assim como devem ser administrados durante a viagem até 4 semanas após a partida da zona afectada. 3.Em caso de aparecimento dos sintomas da malária durante a viagem ou depois do regresso a Macau, deve de imediato recorrer-se ao médico e informá-lo sobre os países visitados.
4.As grávidas devem evitar deslocar-se às zonas afectadas com malária.