A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou mais três (3) novos casos de coronavírus (síndroma respiratória do Médio Oriente) na Arábia Saudita e mais três (3) novos casos nos Emirados Árabes Unidos à lista de infectados com MERs-Cov.
Estas situações reforçam a necessidade para um alerta redobrado que os Serviços de Saúde de Macau têm promovido junto dos trabalhadores de saúde da primeira linha para se manterem em alerta e, um reforço de enorme cuidado a ter pelos cidadãos, que devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar quando viajarem no exterior, evitando contactos com os animais, deslocação aos hospitais locais e contactos com os doentes locais.
De acordo com as informações divulgadas, o primeiro caso confirmado de infecção na Arábia Saudita foi detectado num homem, com 46 anos de idade, proveniente da Cidade de Jeddah. O segundo caso recai numa mulher com 20 anos de idade, proveniente da Cidade de Madinah. Estes dois doentes não apresentaram sintomas, mas tiveram contacto com casos de infecção confirmados antes de serem submetidos ao teste laboratorial, encontrando-se actualmente isolados no domicílio. O terceiro caso refere-se a um homem com 19 anos de idade portador de um quadro clínico de diabetes. O mesmo foi internado hospitalar no dia 17 de Maio por causa de outras doenças, no entanto, apresentou sintomas do trato respiratório, encontrando-se, desde o dia 23 a ser tratado na unidade de cuidados intensivos.
Por sua vez, os três novos casos confirmados nos Emirados Árabes Unidos são residentes da Capital Abu Dhabi. O primeiro caso recai num homem com 71 anos de idade, que tem uma longa história de doenças e que por estado em contacto com um doente infectado que trabalha no hospital, acabou por ser internado no dia 4 de Maio. O segundo caso é o de um homem com 26 anos de idade que apesar de não apresentar sintomas foi-lhe detectada a infecção após um rastreio efectuado no local de trabalho. Este paciente tinha contacto regular com animais. O terceiro caso recai num homem com 36 anos de idade, com uma longa historia de doenças. Após tratamento este paciente teve alta no passado dia 12 de Maio. Desconhece-se as causas da infecção pois o doente não tinha historial de viagens, não teve contactos com animais e não esteve em contacto com casos confirmados.
Até ao presente momento, a Organização Mundial de Saúde registou, em todo o mundo, 645 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 195 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América e Holanda e, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente.
No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol.
Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia.
Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português :http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.