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Criminalidade geral baixa 0,7 por cento em 2017 em relação ao ano anterior


O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, anunciou, hoje (9 de Fevereiro), um decréscimo de 94 casos na criminalidade geral em 2017 comparativamente ao período homólogo do ano anterior, representando uma descida de 0,7 por cento, com a segurança a manter-se favorável e estável, no geral, e a serem bem controlados os crimes que mais afectam a segurança da vida e patrimoniais dos residentes.

Ao apresentar o balanço da criminalidade do ano de 2017, Wong Sio Chak referiu que alguns tipos de criminalidade violenta não registaram casos e outros mantiveram uma baixa percentagem. Entretanto, acrescentou terem-se registado, no ano passado, três casos de homicídio, havendo ainda um acréscimo de 125 por cento dos casos de fogo posto, sendo um aumento superior a dobro de casos, em comparação ao ano de 2016. Conforme as investigações feitas pela Polícia aos referidos casos, uma boa parte deles foram provocados por beatas de cigarros deixadas em lugar inapropriado, pelo que as autoridades têm aproveitado canais diferentes para divulgar trabalho de sensibilização e de educação cívica e de prevenção de criminalidade, explicando aos cidadãos que é preciso também assumir responsabilidade penal quem por negligência provocar o fogo posto.

Acrescentou que se registaram 910 casos de burla, no ano 2017, representando uma subida de 22,5 por cento, comparando com o mesmo período do ano 2016. Entre essas ocorrências, a “criminalidade relacionada com a burla telefónica” teve uma subida, com 29 casos no ano 2016 para 170 em 2017, e os meios mais utilizados foram “advinha quem sou eu” e “fazer-se passar por funcionário de órgãos estatais ou funcionário do Departamento de Migração do CPSP”, respectivamente 24 casos e 143 casos.

O secretário disse que as autoridades de segurança também notaram que houve uma mudança constante dos modus operandi de burla e perante o ressurgimento e frequente ocorrência da “burla telefónica” no território, a PJ tem tomado medidas para a prevenção e combate integral à referida criminalidade, incluindo reuniões com a Direcção dos Serviços de Correio e Telecomunicações e as operadoras de telecomunicações para procurar medidas destinadas a identificar a origem das chamadas telefónicas efectuadas; negociações com o sector bancário para a aplicação de medidas de cessação imediata de pagamento, entre outras medidas, bem como reforçar o intercâmbio de informações com as regiões adjacentes e a prestação de apoio na investigação dos casos, com o objectivo de se conseguir combater o referido crime na sua origem.

Registou-se simultaneamente, no ano 2017, uma diminuição de número de crimes de “tráfico de droga” e de “consumo de droga”. No entanto, tendo em conta a perigosidade das drogas para a segurança de sociedade, as características oculta e transfronteiriça dessa criminalidade, as autoridades continuarão a intensificar a cooperação com as entidades policiais das outras regiões para prevenir e combater em conjunto este tipo de crime. Verificou-se também um decréscimo no número de jovens envolvidos no crime de delinquência juvenil, tendo sido registados 45 casos, ou seja o número de casos foi igual ao do ano de 2016.

Wong Sio Chak reiterou que as autoridades continuam a dar mais atenção às situações de infracção dos taxistas e de transportes ilegais e que o CPSP continua a articular com os serviços competentes para proceder a operações de autuação específica. Assim, nas operações de fiscalização e de combate a infracção dos taxistas, em 2017, a polícia totalizou 5.491 autuações aos taxistas, representando uma subida de 32,3 por cento. Garantiu que o CPSP continua a executar os seus trabalhos nos termos da lei, resolvendo todas as infracções de forma justa e imparcial, bem como articulando com os serviços competentes na promoção dos trabalhos de legislação.

Entretanto, foi registada, no ano de 2017, uma descida no “crime de sequestro” e “tráfico de drogas”, respectivamente 7,5 por cento e 15,4 por cento. O secretário Wong Sio Chak acredita que a descida destes dois tipos de crimes deve-se ao facto de a polícia ter instaurado por iniciativa própria vários casos de crime de “usura”, bem como a resolução e o desmantelamento de diversos casos do mesmo crime, produziu efeitos no combate de actividades criminais relacionadas com o jogo e impediu que este crime se disseminasse na comunidade.

Adiantou ainda que até à data, a polícia não recebeu informações sobre qualquer irregularidade no comportamento de associações secretas devido ao ajustamento das receitas do jogo. Portanto, o ajustamento no sector do jogo ainda não trouxe quaisquer consequências para a segurança de Macau.

Relativamente às lacunas na segurança, falhas na execução da lei e as insuficiências na matéria de fiscalização verificadas nos trabalhos de execução da lei das forças e dos serviços sob a tutela da Secretaria para a Segurança, Wong Sio Chak sublinhou que as autoridades já exortaram todos os seus serviços a aplicarem medidas eficazes, a continuarem a rever e colmatar as lacunas de segurança, a corrigir e sancionar em tempo oportuno o pessoal que cometa falhas na execução da lei, a reorganizar e reforçar a fiscalização do trabalho de execução da lei, a regulamentar e fiscalizar com rigor a gestão disciplinar, para que a responsabilidade possa ser implementada aos directores, chefias e pessoal da linha de frente, cumprindo de forma contínua os respectivos trabalhos, bem como aplicar sanções a quem cometa erros, actuando com tolerância zero.

Relativamente às perspectivas para o ano 2018, as autoridades cumprirão com rigor os trabalhos previstos na acção governativa, continuando a supervisionar estreitamente as tendências de desenvolvimento da criminalidade, aplicando em tempo oportuno as medidas específicas de prevenção e combate, avaliando e ajustando atempadamente as estratégias de execução da lei, bem como implementando com antecedência as operações eficazes de policiamento. Por último, prometeu que as autoridades vão reforçar os trabalhos de divulgação de policiamento no âmbito da prevenção, na esperança de que se consiga obter a compreensão, o apoio, a articulação e a ajuda contínua da comunicação social, promovendo ainda mais a “cooperação entre a polícia e cidadão” e a “cooperação entre a polícia e jornalista” para reforçar em conjunto a estabilidade duradoura de Macau.



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