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O Centro Hospitalar Conde de São Januário salva empenhadamente os doentes com gripe A (H1N1) em estado crítico


Desde a ocorrência do primeiro caso confirmado local de Gripe A H1N1 em Junho do corrente ano, 360 residentes necessitaram de ser internados na Unidade de Isolamento I, sendo o mais novo um bebé com 72 dias de vida e o mais velho um idosos com 80 anos. A maioria destes doentes internados recuperaram e tiveram alta depois de submetidos aos cuidados por todo o pessoal de saúde do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Actualmente, só 9 doentes se encontram a receber tratamento hospitalar. Segundo o Dr. Cheong Tak Hong, Responsável do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário, foi bastante elevado o número de doentes que teve baixa na Unidade de Isolamento I em estado clínico grave, dos quais 13 foram confirmados portadores de pneumonia. Os outros doentes graves hospitalizados incluíram os portadores de factores de alto risco tais como pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica, asma, insuficiência respiratória, insuficiêcia cardíaca ou insuficiência renal, os pacientes de hemodiálise, os diabéticos, os doentes que sofrem de hipoplasia cerebral, paralisia cerebral ou cirrose hepática e os portadores de tumor canceroso que se encontram na fase de quimioterapia ou que a concluíram, entre outros. Entre estes, o caso mais grave foi o de uma criança com 4 anos de idade que apresentou extensa área de pneumonia bilateral, insuficiência respiratória e hipoxia quando foi transportada para o hospital, assim necessitando urgentemente de intubação traqueal e apoio do ventilador. Foi transferida para a Unidade dos Cuidados Intensivos por um certo período de tempo e após o socorrismo prestado esforçadamente pelos pediatras, cerca de 5 dias depois, o doente apresentou melhorias e dispensou o apoio do ventilador. Um outro caso foi o de uma rapariga com 16 anos que, quando foi transportada para o hospital, sofria de sintomas tais como febre alta persistente, tosse, dificuldade respiratória, dispneia grave, hipóxia e pneumonia bilateral grave, tendo necessidade de inalar alto fluxo de oxigénio. Após discutido, elaborado e implementado o plano de tratamento em conjunto com os médicos provenientes de Hong Kong, o estado de doença da rapariga foi controlado, tendo a mesma recuperado e tido alta após 17 dias de hospitalização. No tratamento da gripe A H1N1, o Hospital geralmente utiliza o medicamento antiviral “Tamiflu” que tem eficácia no combate à doença. Às vezes e conforme o estado dos doentes, dois tipos de medicamento antiviral (o Tamiflu e o Relenz) são administrados e, em simultâneo, aplica-se o tratamento sintomático. Devido ao bom resultado desta forma de tratamento, geralmente, o estado dos doentes consegue ser controlado, o seu estado de saúde melhora e têm alta hospitalar. No início da eclosão da epidemia da gripe A H1N1, os trabalhadores de saúde encontraram muitas dificuldades. Para além de haver poucas informações e experiências sobre a contagiosidade e o desenvolvimento clínico desta doença, o público não tinha conhecimento suficiente e adequado da patologia. Por isso, os trabalhadores de saúde necessitavam de explicar aos doentes e consolá-los com paciência. Para além disso, devido ao grande fluxo de doentes com sintomas gripais ao hospital, os trabalhadores de saúde foram sujeitos a grandes pressões não só físicas mas também psicológicas. Apesar disso, todo o pessoal de saúde, colocando de lado o cansaço, tem trabalhado dia e noite, contribuindo com todo o empenho para o cuidado dos doentes. O Dr. Cheong referiu que face à ameaça da nova gripe, os cidadãos não devem afrouxar a sua atenção, devendo estar sempre alerta e manter a higiene individual e prestar atenção às informações anti-epidémicas divulgadas pelos Serviços de Saúde. Mais, o responsável apelou às pessoas com sintomas de gripe para recorrerem ao médico o mais rápido possível.