As zonas verdes de Macau aumentaram continuamente ao longo dos dez anos após o estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Elas representam, actualmente, uma área total na ordem dos 6,62 quilómetros quadrados e o governo continuará a promover e impulsionar o desenvolvimento da cobertura verde nas várias dimensões do espaço físico do território, designadamente em certas áreas limitadas e desocupadas, para um bom funcionamento biofísico da paisagem e maior qualidade de vida da população. Entretanto, a fim de melhorar o ambiente urbano e elevar a qualidade de vida dos residentes, as autoridades empenharam-se também em instalar parques de lazer e equipamentos de ginástica em locais com condições para o fazer, aproveitando os estaleiros de obras abandonados para os transformar em parques e promover o embelezamento de ruas e bairros. Nos últimos anos, o rápido desenvolvimento económico de Macau levou às incessantes obras de aterro. Apesar de se registar um aumento contínuo da área verde, quando comparado com o aumento da área de terrenos do território, ainda existe alguma diferença. Graças ao esforço conjunto das entidades oficiais, associações cívicas e cidadãos em geral, tem sido possível alargar a área útil dos espaços verdes públicos para manutenção da sua percentagem - entre os 21 ou 22 por cento, mais elevada do que em Hong Kong, Nova Iorque e Tóquio, e próxima da de Singapura - em relação à área total de terrenos e maior protecção do ambiente do impacte do desenvolvimento económico acelerado. Em comparação com Taipa e Coloane, os espaços possíveis de desenvolvimento de cobertura verde na península de Macau são escassos, particularmente na zona Norte da cidade, onde a situação é ainda mais grave. Assim, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tem-se empenhado e procedido a vários trabalhos nos últimos anos para a execução de projectos “verdes”, designadamente em terrenos não utilizados e sem projectos de desenvolvimento a curto prazo ou, até mesmo, em alguns espaços privados e cedidos a título empréstimo pelos proprietários, com vista ao desenvolvimento e criação de mais zonas temporárias de lazer e jardins. Tal solução contribuiu não só para acabar com alguns os pontos negros em termos de ambiente e higiene, mas também para alargar a área verde do território. No entanto, o mais importante é que os referidos pequenos espaços verdes e de recreio encontram-se dispersos um pouco por todo o território, com especial destaque para as zonas antigas, tentando-se assim colmatar certas desigualdades e encontrar algum equilíbrio em matéria de parques e carência de recursos de terras para a exploração de áreas verdes mais vastas. Pode-se assim afirmar que se está perante “uma acção com múltiplas vantagens”, uma vez que tudo o que foi referido contribuiu para um maior número de equipamentos de lazer confortáveis para a população. Desde o estabelecimento da RAEM, os espaços de lazer e desportivos aumentaram em cerca de 50, distribuídos pela zona Norte da cidade de Macau, com maior densidade populacional, pelos bairros antigos e em diversos lugares das Ilhas. A fim de incentivar a prática de actividades físicas, alguns dos referidos espaços, com maior dimensão, dispõem de campos de futebol, basquetebol e badminton e, a maioria, de equipamentos desportivos para maior facilidade e o uso diário da população. Na prossecução do objectivo da optimização sustentável do ambiente, o IACM definiu uma certa metodologia em matéria de arborização e tenciona criar uma rede verde do ambiente que incidirá simultaneamente em aspectos gerais e específicos, incluindo planos integrados de arborização, jardins e arruamentos com áreas florestais nos montes e colinas do território, para garantia de qualidade da malha verde urbana. Além disso, ainda na área de arborização e florestação, o actual sistema da gestão e manutenção continuará a ser aperfeiçoado e intensificado o estudo de meios de prevenção e tratamento de doenças e bichos das árvores do território.